Charlize Theron é criticada por comparar invasão da mídia a um "estupro"

Charlize Theron
Charlize Theron

A atriz sul-africana Charlize Theron, que se encontra em Londres para promover seu novo filme "Um milhão de maneiras de pegar na pistola", gerou polêmica nesta sexta-feira (30) na imprensa britânica e nas redes sociais ao comparar a invasão da mídia na vida pessoal a um "estupro".

Perguntada pelo canal de televisão Sky News se costumava buscar seu nome no Google para ler os comentários sobre ela, a atriz respondeu: "Eu não faço isso, é o que me salva. Quando você começa a viver neste mundo, e fazer isso, você começa, eu acho, a se sentir violada".

"Sabe, isso atinge seu filho e sua privacidade (...) Algumas pessoas podem ter prazer com tudo isso, mas há algumas coisas na minha vida que eu considero particularmente sagradas e eu sou muito protetora quanto a isso", disse a atriz de 38 anos, que adotou um menino em 2012.

Estes comentários causaram rebuliço entre grupos de defesa das vítimas de violência sexual e reações indignadas no Twitter.

"Eu fui estuprada há sete anos, eu não me lembro de pensar 'é como ser fotografada sem maquiagem", ironizou uma jovem no Twitter, acrescentando: "Sorry #Charlizetheron, mas você está enganada em dizer que a invasão da imprensa é como um estupro".

Para Katie Russell, porta-voz da associação Rape Crisis, que ajuda vítimas de estupro, "quando alguém usa o estupro como uma metáfora para questões menos graves (...) banaliza a violência sexual".

A atriz, que ganhou um Oscar em 2003 por "Monster - Desejo assassino", viveu uma tragédia familiar em sua juventude quando sua mãe matou, em legítima defesa, seu pai alcoólatra que abusava dela.

Em 1999, ela participou da campanha sul-africana "os verdadeiros homens não estupram".

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