Veneza, 9 out (EFE).- Italiana até a medula, Monica Bellucci se mostra orgulhosa de seus 47 anos, da carreira de atriz e da família que formou com o ator francês Vincent Cassel, com quem compartilha projetos.

Aparentemente alheia as críticas negativas no Festival de Veneza ao seu último filme, "Un été brûlant", do francês Philippe Garrel, Monica fala de seu estado pessoal e de seus projetos futuros com a imprensa, especialmente do filme com o diretor iraniano Bahman Ghobadi.

"Tenho uma carreira atípica, mas me sinto muito italiana. Da Itália vem minha educação. Dei à luz as minhas filhas na Itália, estou muito unida ao meu país. Mas ao mesmo tempo é genial poder fazer filmes italianos, americanos e franceses", revela.

Monica se diz feliz por estar em uma fase da vida em que não precisa estar tão dependente da beleza.

Ela conta como consegue aliar a família ao trabalho. Faz questão de viajar com as filhas a maior parte do tempo. "Gosto da possibilidade de misturar família e trabalho", assinala.

Para conciliar as duas partes, ela confessa que é mais fácil quando seus projetos coincidem com os de seu marido, uma situação não muito habitual.

"Neste momento temos vários projetos juntos e estamos felizes de trabalharmos assim, já fazia tempo que isso não acontecia. É mais fácil", confessa.

Embora não queira falar de seu marido, se compara a personagem que interpreta no filme de Garrel e diz: "Estou apaixonada, mas não sou uma louca".

"Algumas vezes sou vítima da paixão e isso é doloroso, mas ao mesmo tempo me faz sentir viva", afirma.

Seu próximo filme será o do diretor iraniano Bahman Gobadhi "Tartarugas podem voar ", que rodou durante dois meses em Istambul.

Uma história de amor que se passa antes e depois da revolução iraniana. "Foi muito interessante porque interpretei duas idades diferentes em um mesmo personagem", que na fase adulta tem como par seu marido na vida real.