George Clooney é chamado pela justiça italiana para depor no "caso Ruby"
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Michael Loccisano/Getty Images
George Clooney e sua ex-namorada, Elisabetta Canalis, no evento Justice & Human Rights Ripple of Hope em Nova York (17/11/2010)
O ator americano George Clooney e sua ex-namorada, a apresentadora Elisabetta Canalis, serão testemunha no julgamento do "caso Ruby", no qual o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi está sendo acusado de indução à prostituição de menores.
A data para o testemunho, 26 de outubro, foi anunciada nesta sexta-feira (19) pelo tribunal responsável pelo caso, que também fixou os comparecimentos de outras 14 pessoas, entre elas, a atriz italiana Barbara D'Urso, informaram os meios de comunicação do país.
Clooney é uma das testemunhas chamadas pela defesa de Berlusconi para explicar como eram os jantares que o ex-líder organizava, a fim de acabar com a imagem de que se tratavam de festas repletas de meninas que recebiam dinheiro do presidente do Milan.
A inclusão do ator de Hollywood na lista de testemunhas propostas pela defesa foi divulgada no ano passado. Na ocasião, o representante do ator, Stan Rosenfield, explicou que Clooney ficou muito surpreso ao saber que seria chamado como testemunha pois só esteve na residência de Berlusconi, em Arcore, uma vez.
Durante a visita, segundo Rosenfield, George Clooney se encontrou com o ex-líder para falar dos problemas na região sudanesa de Darfur.
Neste julgamento, Berlusconi é acusado de indução à prostituição de menores, já que a promotoria diz que o ex-líder manteve relações sexuais com a marroquina Karima El Mahroug, conhecida como Ruby, quando ela tinha 17 anos, em troca de presentes.
A promotoria também acusa Berlusconi de um suposto abuso de poder por ter pedido para uma delegada de Milão, no dia 27 de maio de 2010, que soltasse Ruby, detida por roubo, alegando que ela era sobrinha do então presidente egípcio, Horni Mubarak.
Entre as diversas testemunhas propostas pela defesa também estão o craque do futebol português, Cristiano Ronaldo, a venezuelana Ainda Yespica e a argentina Belén Rodríguez.
No caso do atacante do Real Madrid, os advogados querem mostrar que as declarações de Ruby não têm "credibilidade", já que em um de seus interrogatórios, disse ter recebido 4 mil euros para passar a noite com Cristiano Ronaldo.