Seguranças de Gisele Bündchen são condenados a 5 anos de prisão na Costa Rica

  • Ezequiel Becerra/AFP

    O fotógrafo Yuri Cortez, da agência France Press (AFP), explica no tribunal em Puntarenas (Costa Rica), no último dia 23 de outubro, como foi baleado por seguranças particulares de Giselle Bündchen, em Playa Santa Teresa, em 2009

    O fotógrafo Yuri Cortez, da agência France Press (AFP), explica no tribunal em Puntarenas (Costa Rica), no último dia 23 de outubro, como foi baleado por seguranças particulares de Giselle Bündchen, em Playa Santa Teresa, em 2009

Um tribunal da Costa Rica condenou nesta sexta-feira (15) a cinco anos de prisão dois guarda-costas contratados pela modelo Gisele Bündchen e seu marido, o jogador de futebol americano Tom Brady, por tentativa de homicídio contra dois fotógrafos que tentaram fazer imagens do casamento deles em 2009.

Os sentenciados trabalham para uma empresa de segurança contratada pelo casal de famosos para o casamento, celebrado em uma praia de Costa Rica no litoral do Oceano Pacífico onde a modelo tem uma propriedade.

O Tribunal de Puntarenas os considerou culpados por tentativa de homicídio ao disparar sem ferir os fotógrafos Yuri Cortez, salvadorenho que trabalha para a agência de notícias francesa AFP, e Rolando Avilés, costarriquenho que na época era fotógrafo do jornal local "El Dia".

"Primeiro, estou muito agradecido a Deus que me salvou a vida naquele 4 de abril. Depois veio uma luta difícil, cheia de obstáculos, mas sempre tive a esperança de que a justiça ia chegar, que demora, mas sempre chega", declarou Cortez a Agência Efe.

O fotógrafo disse estar "emocionado" e "contente" com o veredicto dos juízes, pois considera que se abriu um precedente em nível latino-americano sobre as agressões que a imprensa é vítima.

Cortez lembrou que Tom Brady, jogador de futebol americano, disse várias vezes à imprensa americana que na Costa Rica nunca dá nada e que os guarda-costas detiveram a gente que estava dentro de sua propriedade.

"Eu gostaria que perguntassem a ele de novo agora que há duas pessoas condenadas", disse o fotógrafo, quem atualmente trabalha no México.

Os juízes, que absolveram o terceiro acusado, determinaram indenizações econômicas e fixaram a data de 22 de novembro para ler a sentença completa.

Em 4 abril de 2009, Cortez e Avilés fizeram fotos à distância da cerimônia de casamento de Gisele e Brady, mas os fotógrafos sempre afirmaram que nunca entraram na propriedade privada do casal.

Eles acusam os seguranças de os terem abordado no meio da rua para exigir que fosse entregue o material fotográfico produzido.

Após uma discussão, Cortez e Avilés, que se negaram a entregar o material, subiram em um veículo que haviam alugado na ilha e quando se afastavam do local os guarda-costas dispararam, as balas quebraram o vidro traseiro e quase feriram Cortez, de acordo com o depoimento do fotógrafo.

Eles apresentaram há alguns anos uma ação civil em Nova York contra Gisele e Brady por negligência na contratação do pessoal, mas uma juíza fechou o caso porque o casal mudou de domicílio.

Cortez disse hoje que está nas mãos dos advogados a decisão de processar o casal nos EUA.

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