Paciente de Conrad Murray diz que acordou no meio de cirurgia
Da Redação
Robert Russell, uma das testemunhas do julgamento do Dr. Conrad Murray, acusado pela morte de Michael Jackson, diz que acordou no meio de uma cirurgia feita pelo médico. O depoimento foi o segundo feito nesta sexta-feira (30), quarto dia do julgamento.
Russel conta que foi anestesiado para a a colocação de "stents", e acordou no meio da cirurgia. Quando ele acordou, Murray, em tom de brincadeira, perguntou se ele queria ver seu coração; o paciente não quis ver e o procedimento foi concluído. Os médicos explicaram que ele acordou porque havia tomado muito remédio para abaixar a pressão.
Ao voltar ao hospital para saber sobre o resultado da operação, o médico explicou a Russel que teriam que fazê-la novamente, por conta do ocorrido. Murray e outro médico o operaram e Russell passou por um tratamento no consultório de Murray.
O paciente diz que o médico sempre foi bom e atencioso, até a consulta em que ele saberia o resultado do tratamento e receberia indicação para um novo médico. O médico cancelou essa visita e Russell diz que se sentiu "abandonado". "Era a minha vida, fiquei desesperado", diz.
O médico, depois, lhe deu um retorno telefônico, explicando que não conseguiu cumprir o compromisso devido a um sabático que iria tirar - referência à ida de Murray para a Inglaterra, para cuidar de Michael Jackson.
Michael Jackson morreu em 25 de junho de 2009 de uma intoxicação de remédios, principalmente de Propofol. A promotoria acusa o médico do cantor de homicídio involuntário. A defesa de Murray, no entanto, diz que Jackson tomou remédios por conta própria enquanto o Murray estava fora do quarto. Um júri com 12 integrantes irá decidir se médico é inocente ou culpado da acusação de homicídio involuntário.