"Isso não é justiça", diz irmão de Michael Jackson sobre sentença de Conrad Murray
Da Redação
Jermaine Jackson, irmão de Michael Jackson, disse ao tabloide britânico "The Sun" nesta quarta (30) que a sentença de quatro anos de prisão para Conrad Murray por homicídio culposo não foi justa. "A verdadeira justiça não deveria ser tão vazia e sem sentido como parece agora", disse.
O também cantor completou que, para ele, a justiça só seria feita se o médico ficasse preso por décadas. "Uma vida encarceirado pela vida perdida por causa de suas escolhas irresponsáveis e desrespeito à vida humana", sugeriu. "Eu só espero que para cada dia que Murray fique na prisão, ele seja assombrado pelo que fez, da mesma maneira que temos sido assombrados por aquilo que ele não fez - manter Michael vivo e saudável".
Jermaine diz que não culpa o juiz Michael Pastor pela decisão, já que "suas mãos estavam atadas" pois a sentença máxima era de quatro anos. "O que eu apreciei foi a forma como o juiz se 'dissociou' das hipóteses de que Michael teria morrido com ou sem o envolvimento de Murray".
De acordo com o "The Sun", Katherine Jackson, mãe de Michael Jackson, disse a repórteres na saída do tribunal que "quatro anos não são suficientes pela a vida de alguém".
A pena do médico Conrad Murray foi divulgada nesta terça-feira em Los Angeles. A Justiça negou o pedido da defesa do médico para que ele cumprisse liberdade condicional.
Murray deve cumprir a pena na prisão de Los Angeles e já tem um crédito de 46 dias cumpridos. No entanto, de acordo com uma nova lei da Califórnia, é possível que o médico não fique na prisão do Estado, e sim numa prisão local, em que irá cumprir, no máximo, metade do tempo previsto.
A Justiça também ordenou que o médico pague US$ 800 de multa e US$ 43 de taxas. Quanto à quantia que a promotoria havia pedido de indenização --US$ 100 milhões--, o juiz Michael Pastor não se pronunciou.
Durante o anúncio da sentença, Pastor parecia bravo. Apesar de dizer que Murray não era "nem santo, nem demônio", ele salientou que o médico pareceu não demonstrar remorso pela morte de Michael Jackson, "como se não tivesse qualquer ligação com o cantor".