Teatro e empresa que opera voo de "Xanadu" não têm engenheiro responsável, diz Crea-RJ
Do UOL, no Rio
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Fausto Candelaria/AgNews
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A empresa Set Cavalheiro FX, contratada para instalar o equipamento responsável por manter os atores Danielle Winits e Thiago Fragoso suspensos durante apresentação do musical “Xanadu”, não é cadastrada no Conselho de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro e não tem engenheiro responsável, informou o Crea-RJ após vistoria no Teatro Oi Casagrande, na tarde desta segunda (30).
"Mesmo sendo uma empresa sediada em São Paulo, ela teria que ter um visto para executar de maneira qualificada o trabalho no Rio de Janeiro", pontuou Jaques Sherique, vice-presidente do Crea-RJ, que também apontou outra falha: “O teatro não tem um técnico responsável pela parte elétrica e mecânica, o que pode acarretar em riscos e acidentes", declarou.
Quatro cabos se romperam e os atores despencaram de uma altura de aproximadamente quatro metros, em cima da plateia, na apresentação realizada no sábado (28). A administração do teatro tem até dez dias para apresentar, no Crea-RJ, os responsáveis. "Caso não cumpram o prazo, serão multados”, disse Sherique.
Os fiscais da entidade estão em contato com policiais da 14ª DP (Leblon) para acompanhar o resultado da perícia do material apreendido, que foi encaminhado para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (CCE). Ainda esta semana, eles devem analisar o material encaminhado ao instituto.
Em comunicado, a sociedade teatral Casa Grande diz que está apurando os fatos e que lamenta o ocorrido.
Já Pedro Cavalheiro, que responde pela Set Cavalheiro FX, alegou que o Teatro Oi Casagrande seria o responsável pela emissão da documentação junto ao Crea-RJ e que nada foi pedido para a empresa que montou o equipamento no palco. "É o teatro que deve emitir a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), que tem a ver com a instalação do equipamento de voo no local", informou, acrescentando que cada estabelecimento tem uma política e que, no caso do equipamento instalado para a produção "Bruxas de Eastwick", no Teatro Bradesco (SP), houve uma vistoria do engenheiro do teatro e do engenheiro do shopping onde fica o teatro.