"Aumento de passagem discute o direito de ir e vir", diz Leandra Leal
Claudia Dias
Do UOL, no Rio de Janeiro
Leandra Leal saiu direto da passeata no Rio de Janeiro para o Museu de Arte do Rio, onde acontecia a abertura da exposição de "Saramandaia", evento que marcou o lançamento da novela, na noite desta segunda-feira (17).
Ela e as atrizes Chandelly Braz e Georgiana Guinle chegaram quase no final da festa, por conta da participação na manifestação. "Foi lindo e super pacífico até onde eu estava. A manifestação representa essa nova forma de organização, que é apartidária. Foi super emocionante ver o povo questionando. Tem gente dizendo que é por causa de 20 centavos, mas é muito mais. Aumento de passagem discute o direito de ir e vir, os investimentos, para onde eles vão, a corrupção, o sistema político, como governar sem fazer aliança", afirmou.
A atriz contou que sempre participou de manifestações, pelas causas em que acredita. "Sempre participei de passeatas. Pelo menos, das coisas que eu acredito. Acho importante e bacana. Faço questão de participar, das causas que eu acredito", completou.
Leandra também comparou o momento político atual ao momento da novela, que em 1976, discutia a ditadura e a liberdade de expressão. "É inacreditável o momento em que isso acontece. O Dias Gomes escreveu isso em um momento muito pertinente, que era a ditadura. E agora, estamos vivendo um momento político que não tem nada a ver e se encaixa em outros lugares. E essa coisa do novo ativismo, que não é mais partidário e que os personagens de 'Saramandaia' também representam", lembrou.
Pouco tempo depois de aparecer em fotos sem maquiagem e completamente despojada, a atriz surgiu linda na vernissage. Como ela conseguiu? "Vocês esquecem que eu tenho um teatro bem ali, na Cinelândia. Usamos o camarim de lá, e uma maquiadora nossa amiga também nos ajudou", divertiu-se.