Criticado por show em casamento de luxo, Latino alega que entrada pelos fundos é praxe
Do UOL, no Rio
-
Reprodução/Instagram
Latino se apresenta na festa de casamento de Beatriz Barata e Francisco Feitosa Filho, no Copacabana Palace
Criticado por se apresentar no casamento de Beatriz Barata e Francisco Feitosa Filho, o cantor Latino confirmou ter usado a entrada da cozinha para chegar na festa que foi alvo de protestos no último sábado (13), no hotel Copacabana Palace, mas que isso é praxe nos eventos em que é contratado.
"Em casamentos, quinze anos, aniversários, geralmente, temos uma entrada discreta, nunca pela porta da frente. Isso valoriza a surpresa da atração e não ofusca as verdadeiras estrelas da noite, os noivos ou aniversariante. É normal isso acontecer", alegou.
Latino usou a entrada lateral do hotel, na rua Rodolfo Dantas, que dá direto na cozinha, e não teve dificuldade para chegar na festa, que teve as saídas bloqueadas pelos manifestantes, até a polícia intervir.
Segundo estimativa de especialistas, a festa custou cerca de R$ 3 milhões e ficou conhecida nas redes sociais como "casamento da dona Baratinha". Beatriz é neta de Jacob Barata, chamado de "rei dos ônibus" do Rio, e Francisco é filho de um grande empresário do setor de transportes do Ceará.
Por um cachê de 80 mil reais, Latino apresentou um repertório que vai do pop e funk até sertanejo universitário para os 1050 convidados da festa. O formato do show não foi diferente do que ele costuma apresentar em outros eventos, "menos elitizados". "Meu show se adapta a qualquer público e ambiente", afirmou.
O cantor vê de forma positiva o protesto realizado na porta do casamento. "Toda manifestação popular por um Brasil melhor, mais justo, é válida", declarou.
A festa terminou em confusão. Para chegar ao local, os convidados tiveram dificuldades e foram isolados por um cordão formado por seguranças. Um manifestante foi atingido por um cinzeiro jogado da festa e precisou levar seis pontos na testa. A partir daí, vidros do hotel e de carros estacionados na porta foram quebrados. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi chamado, e a PM atirou bombas de efeito moral e spray de pimenta contra os manifestantes, que se dispersaram em seguida.