"Foi capa da 'Playboy' e hoje é uma estrela da TV", diz diretor da revista sobre Grazi Massafera

Marcela Ribeiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Divulgação/Playboy

    Grazi Massafera na "Playboy"

    Grazi Massafera na "Playboy"

Em meio a boatos sobre o fim da "Playboy", já negado no site oficial da revista, o diretor de redação, Thales Guaracy, no comando da publicação desde março deste ano, deixou claro, em conversa com o UOL, que a "Playboy" pretende voltar a estampar em suas capas estrelas da TV e da música brasileira. Apesar disso, ele não descarta totalmente ensaios com celebridades instantâneas, como ex-BBBs, mulheres-fruta e panicats. Thales acredita que, graças à "Playboy", Grazi Massafera conquistou seu espaço na televisão.

"Se acharmos que a celebridade instantânea tem beleza, importância e interesse do público leitor, ou que está à altura dessa galeria, vamos fazer. A Grazi Massafera, por exemplo, foi celebridade instantânea, ganhou destaque com um BBB ["Big Brother Brasil 5"], em seguida foi capa da 'Playboy' e hoje é uma estrela da TV, e sua vida mudou completamente. É muito possível que ela tivesse voltado a ser  apenas uma charmosa garota do interior que teve seus 15 minutos de fama, como muitas outras, se 'Playboy' não tivesse apostado nela", afirma.

É muito possível que ela tivesse voltado a ser apenas uma charmosa garota do interior

A revista, que tem sido alvo de críticas por boa parte dos leitores, que sentem falta de artistas conceituadas e, além de gostosas, com conteúdo, está mudando o foco aos poucos.  Prova disso é a capa de julho, com a quarentona Antônia Fontenelle, que segundo Guaracy, já é sucesso de venda e está esgotada em várias bancas do país, e a edição de aniversário, de agosto, que traz a protagonista de "Salve Jorge", Nanda Costa.

"A 'Playboy' foi por muitos anos e quer ser novamente portfólio para grandes mulheres. Elas sempre tiveram na revista um espaço privilegiado para fazer um trabalho que representa um grande momento mesmo para aquelas que já são estrelas. A revista passou por uma reforma gráfica para ficar mais elegante e procura dar mais ênfase à beleza e a mulheres com carreira e personalidade", conta Guaracy sobre a publicação que já estampou em suas capas, Claudia Ohana, Fernanda Paes Leme, Luma de Oliveira e Vera Fischer.

"As grandes mulheres de verdade nunca fizeram 'Playboy' por fama nem dinheiro.  Fizeram por elas mesmas e para entrar nessa grande história. Estar em 'Playboy' é um privilégio", opina.

As grandes mulheres de verdade nunca fizeram 'Playboy' por fama nem dinheiro

Sobre o tipo de mulher que o leitor quer ver nas capas da publicação, Guaracy revela que é aquela que ele não vê em outro lugar. "Isso inclui famosas, gostosas, belas, interessantes, provocantes, sensuais – tudo, menos a mulher fácil", diz o diretor.  

O polêmico Photoshop
Com os recursos tecnológicos, que corrigem imperfeições e deixam as mulheres sem celulites, estrias ou cicatrizes, os ensaios sensuais perderam boa parte de sua naturalidade, que chegam a exagerar ao exibir imagens de mulheres bastantes transformadas e bem longe da realidade. Apesar disso, Guaracy diz que o objetivo do Photoshop é corrigir a fotografia.

"Nossa orientação é de não usar muito Photoshop nas mulheres, sobretudo com a intenção de melhorá-las ou modificá-las, porque dessa forma elas ficariam e pareceriam artificiais. As fotos de 'Playboy' procuram mostrar a mulher real, só que com uma impecável produção".

Mesmo ao exibir ensaios com mulheres mais maduras, o diretor da revista garante que o objetivo é exibir a beleza de cada idade. "O tempo traz experiência, segurança, autoafirmação e isso também faz uma mulher ser tentadoramente sensual. O que procuramos é explorar a beleza de cada mulher na idade em que está e, ao contrário do que muita gente pensa, sem o uso de recursos artificiais".

 

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