Marcos Mion diz que temeu que filho especial fosse rotulado
Amanda Serra
Do UOL, em São Paulo
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Reprodução/Facebook
Marcos Mion publica fotos com o filho Romeu
Após contar em seu Facebook que seu filho mais velho possuiu dificuldades de desenvolvimento – "spectrum autista" -, Marcos Mion afirmou ver a condição de seu filho como uma benção e temeu que ele fosse rotulado.
"Recebi várias mensagens de apoio. Meu filho gerou uma corrente de amor. Considero ele uma benção", afirmou o humorista nesta terça-feira (18), durante papo com os jornalistas nos estúdios da Record.
Sobre a decisão de ter aguardado Romeo fazer oito anos para revelar a condição do filho publicamente, Mion explica que não queria rotular o garoto antes de entender a situação dele. "Senti que era a hora de falar da dificuldade do meu filho, depois que estudei o tema, até para ter conhecimento médico para explicar. Me dediquei de corpo e alma para entender. Também não queria que ele fosse rotulado. Você tira o brilho de uma criança quando isso acontece". Marcos também não gostou de ouvir de uma jornalista que o garoto tinha uma deficiência e explicou a real situação.
O apresentador do "Legendários", da Record, ainda ressaltou a importância de expor doenças desse tipo no Brasil, em que muitos assuntos não são conhecidos do grande público.
Marcos Mion contou ainda em sua publicação, que existe um estudo de 2007 apontando que uma em cada 150 crianças pertence ao spectrum autista e indícios que esse número aumentou bastante.
Na época, Mion deu detalhes do caso e a publicação teve mais de 140 mil curtidas.
"Todos especialistas dizem que ele não é autista, não é asperger, enfim, que ele não é nada além de uma criança que se encaixa na sigla NOS (Not Otherwise Specified), que significa 'Sem Outras Especificações', mas que faz parte do spectrum autista", escreveu o apresentador.
Para Mion, o fato de não haver um diagnóstico preciso transforma Romeo em uma criança singular. "Ele pode ser ele. Com todo seu potencial, seu jeito único, suas características, vitórias e limitações, e não o que um especialista determine que ele seja. O diagnóstico é a maneira mais eficaz de limitar alguém, de não ver sua beleza e singularidade. Qualquer criança que pertence ao spectrum, seja qual for a especificação, tem uma luz única, diferente e seu caminho é ilimitado", opinou.
Além de Romeo, Marcos Mion e a mulher Suzana Gullo são pais de Donatella, de 5 anos e Stefano, 3.