Priscila Fantin, que se afastou da TV porque estava com depressão, falou sobre como lidou com a doença e precisou dar a volta por cima. A atriz contou que foi diagnosticada com depressão crônica, em 2008, logo depois de ter atuado em "Sete Pecados", e precisou viajar para entender a situação.

"Não dá para entender direito. Tristeza todo mundo tem. O motivo, em si, não gostaria de dizer. Eu cresci em Belo Horizonte, então, para mim, um dos motivos que encontrei é não ter tido muita convivência emocional [com amigos]. É um desequilíbrio de estar focada só em uma coisa [no lado profissional]. Mas que fique bem claro, eu amo trabalhar", ressaltou a atriz durante participação ao "Encontro com Fátima Bernardes" desta terça-feira (6).

"A depressão parece um chamado que você não sabe de onde vem. Tem que dar uma parada e olhar para dentro, se permitir estar só com você, se fazer carinho", refletiu a atriz em entrevista ao site do programa.

Ela diz que o motivo da doença, no seu caso, foi químico. "Eu tinha muito pouco produção de serotonina e trabalhava excessivamente. Embora eu ame trabalhar, o problema é que eu não tinha uma vida social ativa. Então me deu uma saudade de tudo: da família que sempre morou distante e das amigas que estavam em Belo Horizonte. Era falta de vivência, amores, cores e sabores", afirmou.

Fantin ainda ressaltou como foi importante dar uma pausa no trabalho, para poder entender melhor a sua aflição: "Fiz uma parada importantíssima. Parei, observei tudo e tentei entender, porque é uma angústia, aflição e até certo desespero. E a gente não entende muita coisa, mas eu queria entender".

Em seu desabafo, Fantin disse ainda que enfrentou o preconceito durante o tratamento. "É uma falta de sentimento, de vida. E existe preconceito, sim", resumiu.

Questionada por Marcos Veras se está 100% recuperada, a atriz é meio confusa, mas acredita que sim "por estar conseguindo falar do assunto" sem problema algum.