Irmã diz que ex-integrante do "Pânico" tentou matar parte da família
Do UOL, em São Paulo
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Reprodução/TV Record
Irmã diz que Zina voltou a ser internado em clínica de reabilitação para dependentes químicos, após tentar matar parte da família
Cleonice Pereira, irmã de Zina, disse que o ex-integrante do "Pânico" voltou a ser internado em clínica de reabilitação para dependentes químicos, após tentar matar parte da família. A declaração ocorreu na tarde deste domingo (25).
"Uma vez ele me deu um soco no olho [direito]. Tenho sequelas até hoje. Se eu não tivesse internado, eu estaria morta, não estaria aqui para contar a história. [Estariam mortos] eu, os meus dois filhos e a minha mãe", declarou, em entrevista a Geraldo Luís, do "Domingo Show".
"Ficou internado oito meses e o quadro dele piorou. Quando chegou, ele ficou mais agressivo, queria escapar e tudo dele é matar. No último dia 8 abril ele revirou a casa inteira procurando dinheiro para comprar drogas e procurando facas porque ele queria matar. Não tenho mais o que fazer", afirmou.
Cleonice disse ainda que, além de viciado em drogas, Zona passou a ser viciado em jogo de caça-níquel. Segundo ela, Zina teria usado os 8 mil reais que recebeu da Rede TV! para comprar entorpecentes.
Na clínica, Zina assumiu que usou drogas, mas negou que tenha agredido a família. "Não, isso não. Jamais faria isso. Posso fazer contra mim, mas não contra a minha família", alegou.
Histórico
O personagem do humorístico, cujo nome verdadeiro é Marcos da Silva Herédia, ficou internado no Centro Terapêutico Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo, em 2013, para tratar a dependência química. Ele ainda sofre de esquizofrenia.
Naquela ocasião, Zina declarou. "Estou melhor, estou mais calmo. Sou bem tratado aqui, as psicólogas são legais", afirmou ele, que disse ainda não sentir falta das drogas.
Usando uma jaqueta do Corinthians, seu time, Zina apareceu após o tratamento com alguns quilos a mais – segundo ele, mais de cinco – e com o cabelo ao estilo moicano. O corte e a coloração foram feitos por colegas da clínica.
Questionado sobre sua rotina na instituição, Zina disse que às vezes realiza trabalhos domésticos com outros pacientes. Ele também contou que já recebeu visitas de sua família no local: "Minha família veio aí. Meu irmão apareceu no portão aí embaixo e falou comigo. Trouxe cigarro pra mim".
Prisão
Zina foi preso em julho de 2012 pelo roubo de uma garrafa de cachaça em uma padaria em São Paulo. Entrevistado pelo "Balanço Geral" em outubro, ele contou que está tomando remédios para seus problemas mentais e disse que está com saudades de casa e que sua família está preocupada.
"Aqui eu tô bem", disse Zina ao apresentador. Ele também contou que toma "remédios fortes" e afirmou que sua prisão foi uma "arapuca", porque ia pagar a pinga que levou da padaria. Zina disse que não pagou imediatamente porque foi maltratado e ficou nervoso.
Durante sua permanência na equipe do "Pânico", Zina já havia sido preso em duas ocasiões, por porte ilegal de armas (em 2010) e por posse de cocaína (em 2009).