Danielle Winits move ação contra teatro após acidente em 2012

Do UOL, no Rio

Dois anos após o acidente sofrido durante apresentação do espetáculo "Xanadu", no Rio, Danielle Winits achou por bem mover uma ação contra o teatro Oi Casa Grande e a empresa Set Cavalheiro FX, responsável pelo equipamento utilizado no musical.

Em conversa com o UOL na tarde desta quarta-feira (30), o advogado João Tancredo, que representa Danielle, revelou que a ação corresponde aos danos morais e materias sofridos pelas atriz. "A atitude tomada por Danielle é uma forma de exercer sua cidadania. Os danos materias se referem a tudo o que ela gastou e deixou de ganhar em decorrência do acidente".

Além de Danielle, João Tancredo também representa Marina Veckman. Danielle e Thiago atingiram três pessoas que estavam na plateia quando simulavam um voo numa altura de quatro metros. Marina precisou ficar internada e usar colete cervical. "No caso da Marina os danos físicos foram mais graves", explicou o advogado.

João Tancredo preferiu não revelar valores pedidos. "Isso é o juiz quem pode decidir", frisou.

Também procurado pelo UOL, o empresário de Thiago Fragoso afirmou que o ator prefere não comentar o assunto. "Ele ficou um bom tempo internado, passou por uma cirurgia delicada na ocasião e teve uma recuperação difícil, mas que graças a perseverança e dedicação dele, conseguiu dar a volta por cima".

O Teatro Oi Casa Grande, por meio de sua assessoria, disse que no momento não irá se pronunciar sobre o caso.

Relembre o caso

Durante o espetáculo "Xanadu" do dia 28 de janeiro de 2012, Danielle Winits e Thiago Fragoso sofreram uma queda de 4m de altura quando encenavam um voo e o cabo de aço que os sustentava se rompeu. Eles atingiram três mulheres que estavam na plateia, que sofreram ferimentos; elas foram liberadas. A atriz sofreu um corte na boca; Thiago Fragoso foi submetido a uma cirurgia em 1º de fevereiro de reconstrução de arcos costais fraturados, correção de perfuração em diafragma direito e reconstrução da parede torácica.

Na época, o inquérito teve os cuidados da 14ª DP do Leblon, zona sul do Rio. Um laudo assinado pelo Instituto Carlos Éboli apontou uma falha nas instalações que resultou na corrosão do cabo.  A perícia também apontou falha na checagem dos equipamentos. A polícia indiciou Heitor Setembro Cavalheiro e Cora Cavalheiro Prazeres por lesão corporal culposa (sem intenção de dolo).  Heitor é o dono da empresa de efeitos especiais responsável pelos cabos utilizados no espetáculo, e Cora a funcionária que fez a instalação.

O defeito no cabo também foi apontado como causador do acidente por Jaques Sherique, vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ). Em entrevista ao UOL, o engenheiro afirmou que "houve rompimento por fadiga, por esgarçamento".

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