Atriz critica xingamentos a nordestinos e define preconceito como "cafona"

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/TV Globo

    Atriz critica xingamentos a nordestinos e define preconceito como "cafona"

    Atriz critica xingamentos a nordestinos e define preconceito como "cafona"

Fabiana Karla repudiou na manhã desta segunda-feira (5) os xingamentos registrados contra nordestinos em redes sociais, logo após o resultado das eleições presidenciais, e que deram vitória a Dilma Rousseff (PT). A atriz e comediante, que é nascida no Recife, em Pernambuco, ressaltou ainda que "nunca se sentiu uma nordestina vitimizada" e classificou o preconceito como "cafona".

"Nunca sofri preconceito por ser gorda, nem por ser nordestina. Eu tenho um olhar tão positivo. Nunca fui uma nordestina vitimizada. Nunca olhei por esse lado. Sempre olhei pelo lado melhor do nordestino. Nunca me senti diferente. Já me senti diferenciada porque temos muitos nordestinos ilustres. E, como disse o nosso ilustre nordestino Nelson Rodrigues, 'toda unanimidade é burra'", contou durante participação ao "Encontro com Fátima Bernardes".

"A gente vive em uma democracia. O Nordeste usou dessa democracia, como o Sul, o Sudeste, como o Brasil inteiro. Então, acho muito bobo isso. O preconceito é tão cafona, gente. Temos tantas coisas bonitas para enaltecer", defendeu a atriz.

No último dia 26 de outubro, logo após o anúncio da reeleição de Dilma Rousseff, uma enxurrada de comentários preconceituosos direcionados a nordestinos foram registrados em redes sociais. A região concentra boa parte do número de votos recebidos pela petista.

A Ordem dos Advogados do Brasil repudiou com veemência a essas manifestações, "contrária ao conceito exposto na Carta Maior da construção de uma sociedade justa, solidária e fraterna".

A Polícia Federal informou que irá investigar os usuários responsáveis pelos xingamentos. Se identificadas, as pessoas poderão ser enquadradas através da Lei do Racismo, que considera crime a discriminação por procedência nacional. A lei pune com até cinco anos de reclusão.

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