Mãe da filha de Henri Castelli será indiciada por intolerância religiosa
Aliny Gama
Do UOL, em Maceió
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Manuela Scarpa/Photo Rio News
Henri Castelli e Juliana Despirito namoraram por um ano e tiveram uma filha
Juliana Despirito, mãe da filha de Henri Castelli, será indiciada por intolerância religiosa. O caso teve início no dia 10 de maio, quando Juliana criticou o ator após ele postar uma foto no Instagram em que a filha deles aparece vestida em trajes da religião Umbanda, no colo da mãe de santo Neide Oyá, fundadora e dirigente do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb). Ofendida com a crítica de Juliana, a mãe de santo registrou boletim de ocorrência no 2° Distrito Policial de Maceió.
De acordo com Alcides Andrade, delegado que acompanha o caso, a Polícia Civil de Alagoas entrou em contato com a Polícia Civil de São Paulo, e Juliana deverá prestar depoimento. Ela será indiciada por intolerância religiosa tipificada nos artigos 20 da lei 7.716/89, que trata de crimes raciais, e no artigo 208 do Código Penal, que trata sobre sentimento religioso.
A pedido da mãe de santo Neide, Henri Castelli foi até o Ministério Público Estadual na tarde desta sexta-feira (03), em Maceió, onde prestou depoimento sobre o caso. Em entrevista ao UOL, os advogados do ator disseram que apesar da ação contra Juliana movida por mãe Neide, o cliente deles entrará com uma ação contra a ex-namorada.
"Qualquer pessoa que se sentir lesada com as postagens feitas em relação a foto da filha do Henri poderá ingressar com ação. Outros centros, como o de Pernambuco, já sinalizaram que vão processar a Juliana", disse Nilton Pereira Neto, advogado do ator. "Estamos investigando e analisando as publicações para ingressarmos com uma ação também", completou a outra advogada de Henri, Walkyria Carvalho.
"Senti medo", diz mãe de santo
"De repente peguei o telefone e me apavorei. Senti medo e fui encurralada com a quantidade de ofensas e ameaças. O que ia acontecer com a minha família? Ela não atingiu só a minha imagem, mas sim todos da minha religião", disse.
A mãe de Santo destacou também que, diferentemente do que muitas pessoas disseram, a foto não foi feita em um terreiro, mas sim no sítio dela localizado na Serra da Barriga, em Alagoas, durante um almoço comemorativo. Neide disse ainda que após a publicação de Juliana, a imagem em que ela aparece com Henri e a filha dele recebeu mais de 16 mil comentários, chegando até virar assunto de sites internacionais.
Segundo o delegado que acompanha o caso, Juliana pode pegar de um a três anos de prisão caso seja condenada. A polícia informou ainda que não há prazo para a conclusão do inquérito.