"Aprendi a amar minha cor", diz MC Ludmilla após ofensa racista

Do UOL, em São Paulo

Após sofrer uma ofensa racista em uma rede social, a funkeira MC Ludmilla contou na manhã desta quinta-feira (9) que ficou com "muita raiva" naquele momento, mas que, parou e pensou, e percebeu que não valeria a pena expor a pessoa que lhe ofendeu.

"Me deu raiva, porque, se a pessoa não gosta do trabalho da outra, porque ir ao [perfil] da outra e ofendê-la?", questionou a cantora. "[Mas] parei e pensei nas coisas que a minha sempre me falou. Aprendi amar a minha cor. Acho o negro lindo. Vi que não valia a pena expor a pessoa nas minhas redes sociais para os meus fãs, que estão ali para ver coisas boas sobre mim. Todo mundo começou a me defender, querendo matar [a pessoa que me ofendeu] e a denunciar o perfil dele. O perfil era fake. Ele me chamou de preta, nojenta. Ninguém gosta de ser ofendido", justificou a cantora.

Com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e quase 2 milhões no Facebook, a cantora do hit "Hoje" respondeu ao internauta que escreveu "Nojo negra macaca feia" em uma publicação postada por Ludmilla no último dia 17/06. "Pessoas como você deveriam estar atrás das grades e não nas redes sociais, seu racista e hipócrita", escreveu ela, na ocasião.

Na semana passada, a jornalista Maria Júlia Coutinho, a moça do tempo do "Jornal Nacional", também sofreu ofensas racistas em uma publicação com a sua imagem na página oficial do "JN" no Facebook. Alguns internautas fizeram piadas e publicaram comentários pejorativos e racistas, como "Só conseguiu emprego no 'Jornal Nacional' por causa das cotas. Preta imunda" ou "Vá fazer as previsões do tempo na senzala".

Segundo o âncora William Bonner, e colega de trabalho de Maju, como Maria Júlia também é conhecida, "50 criminosos publicaram comentários racistas de maneira coordenada". Um deles, um adolescente de 15 anos que mora em uma cidade da Grande São Paulo, foi identificado na última segunda pela polícia. 

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos