Maláui acusa Madonna de oportunismo por anunciar escolas

Mabvuto Banda

  • Michelly Rall/Getty Images

    A cantora Madonna e sua filha Lourdes Maria durante visita a uma das iniciativas de sua fundação no Maláui, a Mphandula Childcare Centre, em Lilongwe (8/4/2010)

    A cantora Madonna e sua filha Lourdes Maria durante visita a uma das iniciativas de sua fundação no Maláui, a Mphandula Childcare Centre, em Lilongwe (8/4/2010)

O governo do Maláui acusou na terça-feira a cantora Madonna de agir de forma oportunista ao anunciar a intenção de construir dez escolas no país africano, onde ela já adotou duas crianças. De acordo com as autoridades, a artista norte-americana parece mais interessada em promover sua imagem do que em ajudar a educação local.

Lindiwe Chide, porta-voz do Ministério da Educação do país, disse que a cantora já havia irritado o governo no ano passado ao desistir, sem informar as autoridades, de construir uma escola para meninas, devido a problemas de má gestão e excesso de custos.

Em janeiro, Madonna anunciou uma parceira com a ONG buildOn para construir dez escolas para pelo menos mil alunos por ano. Segundo Chide, o governo novamente não foi informado, e por isso já está "farto" da cantora.

"Sentimos que isso tem a ver com impulsionar a imagem global dela, e não com os nossos interesses", acrescentou a porta-voz. "Ela não tem um mandato para decidir onde quer construir uma escola, porque ela não sabe das nossas necessidades ou onde queremos novas escolas (...), ela antes precisava nos consultar, obter permissão nossa para fazer qualquer coisa."

Mas o chefe da organização levado por Madonna para ajudar nos esforços no Malaui rebateu as críticas dizendo que elas "simplesmente não são verdadeiras" e que o governo tem sido "atualizado" sobre os planos da cantora.

O Maláui tem mais de 500 mil crianças órfãs da Aids, e é apontado pela ONU como um dos 20 países menos desenvolvidos do mundo.

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