"Carrossel" faturou mais de R$ 100 milhões para o SBT

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin

Entre merchandisings, propagandas nos intervalos e licenciamento de produtos, a estimativa do mercado é que o remake de "Carrossel" faturou de R$ 100 milhões a R$ 110 milhões para a emissora de Silvio Santos. Não passa nem perto do faturamento de um "Big Brother" na Globo (cerca de R$ 400 milhões), mas é um resultado positivo para a emissora terceira colocada em audiência no país.

Excluindo custos, pagamento de participações, salários etc., é provável que o SBT tenha ficado com um lucro líquido (numa visão otimista) em torno de R$ 20 milhões com a novelinha. "Chiquititas" não deve repetir esse resultado, porque seu apelo em termos de licenciamento é menor que o de "Carrossel".

Em audiência, "Carrossel" cumpriu seu papel: deu praticamente durante toda sua duração a vice-liderança isolada para o SBT --um dos poucos momentos em que a emissora ficou seguramente à frente da Record.

QUEM É LEGAL

Neto, da Band

Coisa raríssima de se ver nestes tempos de capitalismo furioso e egotista: Neto pediu demissão da rádio Band na semana passada, para que o colega Mauro Betting fosse readmitido. A emissora havia alegado ser necessário demitir um dos dois, e optou por Mauro. Neto assumiu a defesa do colega e se voluntariou para a demissão. Pode-se criticar Neto por seu corintianismo exacerbado, suas opiniões nem sempre ponderadas, seus gritos durante merchandisings, mas todos hão de convir que tomou uma atitude absolutamente incomum neste mundo de mesquinhez, onde todo mundo só pensa no próprio bolso..

QUEM IRRITA

Famílias de artistas mortos

Dominguinhos e Renato Russo são apenas dois exemplos de mortos ilustres que deixaram um vasto legado musical ao país. Mas seus parentes preferem deixar isso de lado e disputar nos tribunais as heranças de ambos. É uma pena que pessoas vivas, com laços sanguíneos, se esqueçam do enorme talento de seus próprios parentes e prefiram disputar dinheiro e bens. No caso de Renato Russo, principalmente, a banda sempre se chamou Legião Urbana, e não Renato Russo e Legião Urbana. É curioso.

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin é colunista do UOL desde 2004. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros cargos.

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