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01/05/2007 - 10h39

A atriz Karen Junqueira mostra que é boa em dar golpes

do Pop Tevê

Luiza Dantas/CZN

A atriz Karen Junqueira

A atriz Karen Junqueira

Karen Junqueira sempre foi muito agitada. A atriz, que vive a Tuca em "Malhação", chega a ficar de mau humor quando não encontra formas de liberar tanta energia acumulada.

Mas há três anos ela encontrou uma atividade que lhe permite desopilar: o kickboxing. Embora fosse a única mulher da turma no início, sua identificação com a luta foi imediata. A loura com ar angelical mostrou, de cara, que é boa em dar golpes. Na época, o professor não pensou duas vezes e a sondou para participar de competições. Mas como sempre priorizou a carreira de atriz, Karen declinou dos convites. "Eu tenho agressividade, agitação, e o kickboxing me ajuda a dar uma murchada. Mas só faço de hobby mesmo, porque sempre machuca", pondera.

Não é para menos. A arte marcial -uma variação do muay thai que consiste em golpear o oponente com os punhos, canelas, joelhos e cotovelos- já foi discriminada por ser muito agressiva. Para Karen, a luta já rendeu, além de uma série de marcas e hematomas, uma baita dor nos ombros. "As articulações sofrem", geme.

Karen também não gosta de ficar musculosa. Para ela, mulher tem de ser sarada da cintura para baixo apenas, com curvas femininas, jamais marombadas. Por isso, como sua invejável genética lhe dá facilidade em ganhar massa muscular, ela prefere não exagerar na dose e manter seus 55 quilos bem distribuídos em 1,65 m. "Uma vez fiz fotos para um catálogo em que meus braços e ombros estavam todos definidos. Achei a coisa mais feia do mundo, afinal, trabalho com a minha imagem", confessa.

O know-how da atriz de 24 anos com o kickboxing, aliás, a ajudou na composição de Tuca. Na última temporada da novelinha, a aluna do Múltipla Escolha era a legítima "CDF". Nesta, se descobriu uma esportista nata. Em um dia de fúria, chegou em casa e socou sem dó nem piedade um saco de pancadas. Pronto. Nascia ali a lutadora Tuca. Melhor para a atriz, que tirou a preparação de letra. "O professor achou que fosse dar aula para uma menina sem o menor jeito para a coisa. Até pensaram em usar uma dublê, mas quando viram que eu sabia fazer os movimentos, se surpreenderam", gaba-se a fera, que também faz aulas de body combat, hip hop, spinning e running -uma espécie de corrida intercalada. "O importante é queimar calorias", completa.

Mas a força de Karen não se resume ao físico. Desde que decidiu ser atriz, a loura demonstrou uma tremenda força de vontade. Saiu de sua cidade natal, Caxambu, no Sul de Minas Gerais, aos 17 anos, brigada com o pai. De mala e cuia, seguiu para o Rio de Janeiro com R$ 150 no bolso. "Quando eu boto uma coisa na cabeça, não há quem tire", garante. Já no primeiro dia na cidade maravilhosa, conseguiu um emprego de vendedora, se inscreveu na agência Elite e, aos poucos, os trabalhos foram surgindo, até que ela conseguisse pagar seus cursos de teatro. "Aí meu pai voltou a falar comigo, porque viu que eu era persistente", recorda.

Karen conta que desde criança já era dissimulada. Atuar era com ela mesma. Quando não queria ir ao colégio, fingia dores de cabeça, de barriga, e o que mais fosse preciso. Chorar, então, ela conseguia com a maior facilidade. "Sempre fui fingida. Minha mãe dizia que eu era uma atriz nata", recorda, aos risos.

Contratada da Globo até janeiro de 2008, Karen ainda não sabe se permanecerá em "Malhação" na próxima temporada. Mas já sonha em interpretar uma vilã, de preferência na TV, veículo com o qual se identifica bastante. "Essa minha ansiedade funciona bem na TV, em que tudo sai que nem pizza. Mesmo assim, quando as gravações demoram a acontecer, fico tensa", avisa, revelando que nem chá de camomila ou uma forte gripe são capazes de tranqüilizá-la. Só o kickboxing mesmo.

(Fabíola Tavernard)

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