LONDRES, 3 OUT (ANSA)- A princesa Diana teria contado ao seu advogado que a rainha Elizabeth II planejava abdicar do trono em favor ao seu filho, o príncipe Charles, segundo declarações dadas durante o julgamento da morte de Diana na Suprema Corte de Londres.

De acordo com as declarações, Diana temia "ser deixada de lado", assim como aconteceria com Camilla Parker-Bowles, para que o príncipe herdeiro se casasse com a ama de seus filhos, a aristocrata inglesa Tiggy Legge-Bourke.

Lady Di teria feito comentários sobre o plano da rainha ao seu advogado, Victor Mishcon, de acordo com "fontes fidedignas".

As declarações de Diana foram escritas por Mischon após uma reunião privada que o advogado teve com a princesa em outubro de 1995. As anotações foram mantidas em segredo mesmo depois da morte de Diana, em 31 de agosto de 1997, em Paris.

Os detalhes do encontro entre Diana e Mischon foram lidos diante dos onze membros do júri selecionados para deliberar no caso da morte da princesa e de seu namorado, o egípcio Dodi al Fayed.

Mishcon, que morreu no ano passado aos 90 anos, escreveu que Diana teria dito que "a rainha abdicaria em abril e o príncipe de Gales subiria ao trono".

A existência das anotações sobre o temor de Diana de que as autoridades reais "se livrariam dela" em um acidente automobilístico vieram a público em dezembro passado.

Na época, o ex-Alto Comissário da Scotland Yard John Stevens publicou um relatório segundo o qual a princesa teria morrido em conseqüência de um acidente de carro, causado pelo motorista alcoolizado. A suspeita de uma eventual abdicação de Elizabeth II ainda não tinha sido divulgada.

Ontem o juiz Scott Baker deu início na Suprema Corte de Londres ao julgamento pela morte de Diana e Al-Fayed, em um processo que pode estender-se por seis meses e custará ao Tesouro britânico cerca de US$ 20 milhões. (ANSA).

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