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15/07/2008 - 15h30

Sacha Bali adota o despojamento na vida e no guarda-roupa

do PopTevê

Luiza Dantas/CZN

O ator Sacha Bali, que vive o Metamorfo em "Caminhos do Coração"

O ator Sacha Bali, que vive o Metamorfo em "Caminhos do Coração"

Simplicidade é palavra-chave para Sacha Bali. O ator, que vive o Metamorfo de "Os Mutantes - Caminhos do Coração", adota o estilo "livre, leve e solto" na vida. E isso, claro, transparece na hora de se vestir.

Morador de uma bela ilha numa lagoa da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde vive cercado pela natureza, ele confessa não ter maiores vaidades. Mas é justamente aí que se esconde um estilo próprio, aliado ao conforto e à praticidade, anos-luz distante do consumismo. "Odeio shopping e grande parte do meu guarda-roupa eu ganhei. Ainda uso coisas que comprei há muitos anos", confessa, cheio de simpatia.

Andar descalço, de chinelo, de bermuda ou sem camisa estão entre os hábitos do carioca de 27 anos. Bem-humorado, o ator conta que até seria capaz de ir ao casamento de um grande amigo com a dobradinha "terno e chinelo". Mas, arrematar o look com gravata, nem pensar. "Acho gravata o cúmulo da falta de sentido. Só serve para enrolar o pescoço", brinca.

Apesar do despojamento, Sacha conta que sabe vestir o que a ocasião pede. "Quanto menos roupa, melhor. Mas é claro que me adequo às ocasiões. Como ator, trabalho com a imagem", pondera.

Outra palavra característica do estilo de Sacha é autenticidade. Afinal, permitindo-se usar apenas o que gosta, ele demonstra não importar-se com opiniões alheias. "Não quero fazer tipo nem parecer uma coisa que não sou", resume ele, acrescentando que a maior parte das roupas usadas no ensaio foram presentes do pai, irmão ou padrasto. "Não fico escolhendo muito. Boto no corpo, olho no espelho e, no máximo, troco de roupa uma vez", jura.

Com o dom de transformar-se em quem bem entender, Metamorfo, atual personagem do ator na novela da Record, consegue várias façanhas junto à Liga do Mal, "comunidade" composta pelos mutantes-vilões de "Os Mutantes". Como nunca foi adepto de histórias de ficção, o ator teve de buscar referências antes de entrar na trama. "Inspirei-me muito no Sylar, vilão do seriado 'Heroes'. Mas também pedi para o autor levar o personagem um pouco para o lado cômico, e deu certo", conta ele, ressaltando que crianças de cinco a 15 anos são as maiores entusiastas de seu trabalho. "A molecada conta que brinca e imita os personagens da novela. O grande barato da trama é ser diferente e trazer uma outra realidade ao público. As tramas de hoje se repetem muito", opina.

Filho de cineastas, Sacha cresceu entre sets de filmagem e conta que, inevitavelmente, sempre sonhou com a profissão de ator. Mas bastou entrar na adolescência para surgir a vontade de dirigir. Foi quando ele cursou Cinema e, no meio da faculdade, matriculou-se em um curso de teatro. "Aí não teve jeito. Resolvi me profissionalizar como ator e hoje sei que este é meu caminho. Mas ainda penso em dirigir futuramente", pontua.

Contratado até o fim da novela, assim que a trama terminar o ator volta aos palcos com "Pão com Mortadela", adaptação que escreveu ao lado de João Fonseca do livro "Misto Quente", de Charles Bukowski. "Essa peça é um sonho e tem muito a ver com a minha história", empolga-se. Outra curiosidade de Sacha talvez explique seu estilo "desprendido". O ator sonha em interpretar um mendigo, tipo com o qual ele tem empatia desde a infância. "Sempre converso com eles. São pessoas discriminadas mas que têm um universo muito rico e particular", imagina.

(por Fabíola Tavernard )

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