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05/03/2010 - 03h25

Famosos lotam a estreia da peça "A Gaiola das Loucas"

Do UOL, no Rio

AgNews

A atriz Marília Pêra sobe ao palco, após o término da peça, para parabenizar Miguel Falabella e Diogo Vilela, no Leblon, no Rio de Janeiro (4/3/10)

A atriz Marília Pêra sobe ao palco, após o término da peça, para parabenizar Miguel Falabella e Diogo Vilela, no Leblon, no Rio de Janeiro (4/3/10)

Após o selinho entre Miguel Falabella e Diogo Vilela, no final da peça “A Gaiola Das Loucas”, Miguel dedicou a apresentação do musical ao ator Jorge Dória, que, em 1974, dirigiu e atuou na montagem.

Aos 89 anos, Jorge Dória foi ovacionado ao sair do teatro em uma cadeira de rodas. “É um honra receber esse carinho. Adoro quando as pessoas reconhecem meu trabalho”, diz Dória, que fez questão de prestigiar a estreia da remontagem da peça, na quinta-feira (4), no Oi Casa Grande, no Leblon, no Rio de Janeiro.

Mesmo numa noite chuvosa, muitos famosos foram conferir a peça. Entre eles, Marília Pêra, Carolina Dieckmann, Claudia Jimenez, Juliana Paes, Marcos Caruso, Marcos Pasquim, Vera Fischer, Ary Fontoura, Lília Cabral, Adriana Esteves e Ney Latorraca.

Para Miguel Falabella, diretor e ator da nova versão de “A Gaiola Das Loucas”, a presença de Dória trouxe uma emoção especial ao espetáculo. “Foram oitos semanas de trabalho exaustivo. Com coreografias e músicas complexas. Parei de beber, de fumar, emagreci nove quilos. É um trabalho que exige foco e concentração total. Estou muito orgulhoso com o resultado”, diz Falabella.

O ator destaca que o universo dos travestis dá alegria ao espetáculo. “É engraçado chegar ao teatro e ver o elenco se montando. Eu não tenho mais paciência de ficar três horas para me arrumar.”

Já para Diogo Vilela, o mais complicado é dançar, cantar e atuar usando salto alto. “Hoje eu tropecei, quase cai. Deus me ajudou. Treinei com um modelo de salto, mas hoje acabei usando um mais fino. Está sendo um trabalho muito difícil. Foram oito semanas de ensaios, dez horas por dia. Tenho aula de canto até aos domingos. Fiquei muito feliz e emocionado com essa estreia”.

Segundo a atriz Juliana Paes, o espetáculo é delicioso e divertido. “O mais bacana é que a peça deixa a caretice de lado para abordar em forma de brincadeira a homossexualidade”.

Diogo Vilela destaca que travestis, homossexuais e transformistas sempre existiram. “Não é uma questão de moda. Temos mais liberdade para tratar os fatos que estão aí”.

O ator Ary Fontoura, que assistiu a peça nos EUA, avalia que os americanos têm uma visão muito crítica do universo gay. “Nós, brasileiros, vemos isto com mais humor. Então, nossa montagem fica muito melhor do que lá.”

Pelos menos doze transformistas e  drag-queens estiveram na estreia da peça. Diferente do que chegou a ser publicado na imprensa carioca, elas não se sentaram na primeira fila, mas ao fundo do teatro para que os altos penteados não atrapalhassem o público.

Para Isabelita dos Patins, tanto a peça “A Gaiola Das Loucas” como a presença do Dicesar no “BBB 10” ajudam a sociedade a quebrar certos preconceitos. “Sempre digo que temos de respeitar para sermos respeitadas. Cada vez mais estamos ganhando espaço na mídia. Isso é muito positivo. Não é só uma moda. Claro, que estou torcendo para o Dimmy Kieer, assim ele terá dinheiro para comprar patins novos para mim.”
 

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