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20/05/2010 - 11h00

"Uma mulher já dá um trabalho danado, imagine duas", diz Bruno Gagliasso em entrevista

FÁBIA OLIVEIRA
Do UOL, no Rio

Arquivo pessoal/Divulgação

Bruno Gagliasso com dois anos, vestido de palhaço para o Carnaval de 1984; aos 13, em 1995, posando como modelo e em 2010, como Berilo, personagem de

Bruno Gagliasso com dois anos, vestido de palhaço para o Carnaval de 1984; aos 13, em 1995, posando como modelo e em 2010, como Berilo, personagem de "Passione"

Diferentemente de Berilo, seu personagem em "Passione", que tem uma vida bígama, Bruno Gagliasso é um homem apaixonado. Casado com a atriz Giovanna Ewbank desde março deste ano, ele afirma ter encontrado o verdadeiro amor quando conheceu a mulher. Por isso, uma terceira pessoa no relacionamento está fora de cogitação. "Nossa! Ter uma mulher já dá um trabalho danado... Imagine duas?", brincou o ator nesta entrevista ao UOL. 

Aos 28 anos, Bruno tem 12 novelas e dois casamentos no currículo. Antes de se casar com Giovanna, Bruno subiu ao altar com a atriz Camila Rodrigues. A união religiosa aconteceu em 19 de agosto de 2006 e o casal se separou um ano e meio depois. Segundo o ator, as atrapalhadas amorosas de seu personagem não são inspiradas na vida sentimental do intérprete. Bruno garante que tem se divertido nas gravações e afirma achar importante que se fale sobre bigamia em rede nacional. "Vale como informação. Muita gente ainda não sabe que é crime e acho que a novela está trazendo essa questão à tona", conta.

UOL - Como surgiu o convite para fazer o Berilo de "Passione"?
Bruno Gagliasso
- Recebi um convite do [autor] Silvio de Abreu e aceitei porque ele me disse que escreveu o Berilo pensando em mim. Não tem como falar não. Gosto de fazer personagens de construção, diferentes. Quero manter isso até o fim da minha vida. Entro de cabeça nos meus personagens. Em "Caminho das Índias", tive que engordar para fazer o Tarso porque o remédio de esquizofrenia engorda. Berilo não fica sem camisa, não precisa ser sarado porque ele é um bico doce, que seduz pelo olhar. Dei uma enxugada porque estava muito gordinho. Apesar de não suportar malhar, estou malhando. É um sacrifício que faço para o personagem. Não sei quantos quilos estou pesando agora, mas acho que estou no peso ideal. Agora é só trabalhar para manter.

UOL - Você saiu de um personagem denso como o Tarso de "Caminho das Índias" direto para o descontraído Berilo. Como foi essa transição?
Bruno Gagliasso
- É maravilhoso sair do Tarso para o Berilo. Me divirto muito com esse novo personagem. A receptividade é impressionante. O elenco ri e se diverte vendo o Berilo.

UOL - Tarso foi o melhor personagem de sua carreira?
Bruno Gagliasso
- Tarso teve uma importância enorme na minha vida, mas não posso esquecer do Ricardo, que fiz em "Sinhá Moça". Ele me levou ao Emmy.

UOL - O que você tem do Berilo?
Bruno Gagliasso
- Acho que eu tenho essa vontade de viver. E só. Eu sou o oposto dele! Não sou um cafajeste como ele. Acho que isso não é bom. Se Berilo soubesse como é bom amar alguém, não teria duas mulheres.

UOL - Então você acha que jamais conseguiria amar duas mulheres ao mesmo tempo...
Bruno Gagliasso
- Se for a mãe e a mulher, eu consigo. Duas parceiras já fica difícil.

UOL - Conhece alguém bígamo, como seu personagem?
Bruno Gagliasso
-  Não! Nunca conheci nenhum bígamo. É crime, né? Nossa! Ter uma mulher já dá um trabalho danado... Imagine duas?

UOL - É verdade que você viajou com a Giovanna Ewbank para a Itália quando soube que ia fazer o Berilo em "Passione"?
Bruno Gagliasso
- Verdade. Fiquei dois meses na Toscana. Antecipei a minha lua-de-mel. [risos] Fiquei mais um pouco porque gosto da Itália e achei que minha estada me ajudaria muito profissionalmente. Minha família é da Sicília, da Toscana. Da máfia italiana... [risos] Meus parentes cuidam de uma vinícula lá. Meu avô era italiano. Vivi o cotidiano das famílias de lá. Fui ao cinema, saí para jantar. Fui para viver a cultura, não fui como turista.

UOL - E quanto tempo você ficou gravando?
Bruno Gagliasso
- Uma semana. Fui antes até a Itália para tentar entender o que o Berilo estava vivendo.

Aprender o dividir e a proteger o outro é o melhor do casamento


UOL - Isso quer dizer que você ficou mais tempo vivendo a cultura italiana do que trabalhando. Se não foi como turista significa que não trouxe nenhum "souvenir", certo?
Bruno Gagliasso
- Ah! Eu trouxe presentes para todo mundo. Até para o Berilo. Trouxe um óculos redondo que só vende na Itália e um colar também, que comprei em Siena. Gosto de chapéu, boina... Então, comprei algumas coisas.

UOL - Sua família tem um restaurante especializado em massa no Rio de Janeiro e você já disse que gosta de comer bem. Como foi sua alimentação na Itália?
Bruno Gagliasso
- Tive que controlar a alimentação, mas comi bem porque a comida tem muita qualidade. Adoro massa. O gnocchi italiano é maravilhoso.

UOL - Na sua casa quem cozinha? Você ou a Giovanna?
Bruno Gagliasso
- Lá em casa é a Jane quem cozinha. (risos) Não cozinho nada. Eu sei comer. E a Giovanna também não cozinha no dia a dia. Em compensação, faz uns doces maravilhosos de vez em quando.

UOL - Você já se adaptou à vida de casado?
Bruno Gagliasso
- Claro! Agora tenho três famílias. Uma na Itália, uma em São Paulo, com o Berilo, e outra no Rio. Casei em quase todas as novelas que fiz. Foi assim com o Tarso, de "Caminho das Índias"... Em "América" eu também casei. O Ricardo, de "Sinhá Moça", se casou duas vezes.

UOL - Do alto de sua experiência em casamentos na ficção e na vida real, qual é a melhor parte do matrimônio?
Bruno Gagliasso
- Aprender o dividir e a proteger o outro é o melhor do casamento.

UOL - O casamento sempre vem seguido da cobrança de aumentar a família. Você pensa em ter filhos logo?
Bruno Gagliasso
- Adoro criança, sempre gostei. Mas, ainda é muito cedo para filhos. Não queremos neste momento mas, se vier, será muito bem-vindo. Por enquanto, estamos apenas treinando muito. [risos]

UOL - Você assiste ao trabalho da Giovanna em "Escrito nas Estrelas"?
Bruno Gagliasso
- Acompanho o trabalho da Giovanna no ar e adoro. É a primeira novela dela com um bom papel. Papinha [apelido do diretor Rogério Gomes] está feliz da vida com ela. Ela está fazendo um excelente trabalho.

UOL - E você assiste às suas cenas?
Bruno Gagliasso
- Não tenho obrigação de me assistir. O meu tesão é em fazer. É claro que me assisto de vez em quando, mas sou muito crítico. A minha cobrança é enorme. Por isso é que não gosto de fazer muita coisa ao mesmo tempo.

UOL - Isso significa que, enquanto você estiver em "Passione", vai recusar propostas para outros trabalhos?
Bruno Gagliasso
- Já tive a experiência de fazer teatro junto com novela e vi o quanto é difícil conciliar os dois trabalhos. Agora, vou fazer só a novela. Depois eu penso em outra coisa.

UOL - A Copa do Mundo está chegando e você é um apaixonado por futebol. O que você costuma fazer nos jogos do Brasil?
Bruno Gagliasso
- Adoro futebol. Sempre que posso vou ao Maracanã ver o Flamengo jogar. Também gosto muito da Copa do Mundo. Vou assistir a todos os jogos. Me reúno com a família e os amigos para assistir. O Brasil todo para e eu paro também.

 

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