UOL Entretenimento Celebridades

01/06/2010 - 17h49

Guilherme de Pádua faz revelações bombásticas à revista mineira

Rosane Marinho/Folha Imagem

Guilherme de Pádua no julgamento no 1º Tribunal do Júri, no Rio (25/1/1997)

Guilherme de Pádua no julgamento no 1º Tribunal do Júri, no Rio (25/1/1997)

Guilherme de Pádua abriu o coração em entrevista à revista mineira “Viver Brasil”. Condenado pelo assassinato de Daniella Perez, filha de Glória Perez, em 1992, o ex-ator, que está em liberdade desde 1999, disse que sonha em se encontrar com a autora. Funcionário da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, Pádua acrescentou que se isso acontecesse, beijaria os pés de Glória e a deixaria até bater nele. "Eu ia dizer para ela que o mesmo Jesus que consegue salvar um criminoso e fazer a vida dele ter sentido é o mesmo que faz uma mãe que perdeu a filha fazer coisas maravilhosas", disse Pádua.

Negando-se a dar detalhes sobre o assassinato, Pádua contou que foi ameaçado pelo Twitter de ser processado se citasse o caso e que recebeu uma correspondência dos advogados de Glória Perez com um alerta oficial de que não pode falar a respeito do crime. Quando perguntado, porém, se teria coisas novas a revelar, ele disse que para a maioria das pessoas seriam fatos novos. “A versão que ficou conhecida foi só a da acusação. Já cumpri pena e acho que há coisas mais significativas para se falar”, explicou ele, acrescentando que só pode falar o que são essas "coisas significativas" pessoalmente para alguém. “Mas perante uma câmera, num programa de auditório, ou escrever numa revista, não posso”, completou.

Pádua declarou também que seus pais sofrem até hoje por ele ter sido preso. “Qualquer coisa que os dois velhinhos, eles têm 86 e 75 anos, leem nos jornais ainda traz muito sofrimento”, disse ele, reconhecendo que ainda conserva amigos de antes do crime. Um deles era amigo da época em que o ex-ator fazia noitada, bebia e saía com várias mulheres. “Ele acabou virando crente. E ficávamos zoando com ele. E hoje encontro com ele e falo: cara, a gente zoava tanto a sua cara. Tenho orgulho de você porque foi o primeiro que viu que aquele caminho não era legal”, disse.

Ainda na entrevista, Pádua admitiu que evita sair de casa por ter medo de ser rejeitado pelas pessoas. Mas sente falta de não poder ir a um restaurante, a um cinema. “Tem horas que não consigo evitar, os parentes me arrastam. No dia dos pais, das mães, o aniversário do tio, da prima... Sinto falta de ir a lugares públicos como espectador”, contou ele, dizendo que virou outra pessoa depois que entrou para a igreja. “A igreja mudou minha vida e de certa forma me fez ver o quanto perdi tempo, oportunidade”.
 

Compartilhe:

    Hospedagem: UOL Host