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04/06/2010 - 10h52

"Teve uma época em que fiquei frustrada", diz Isabella Fiorentino

FÁBIA OLIVEIRA
Do UOL, no Rio

Alessandra Gerzoschkowitz/UOL

Isabella Fiorentino durante uma gravação do

Isabella Fiorentino durante uma gravação do "Esquadrão da Moda" (29/4/10)

Ela é linda, educada, bem-sucedida e ainda sabe cozinhar. Olhando assim, parece que Isabella Fioretino, de 33 anos, nasceu com o bumbum virado para a lua. Mas a história da apresentadora do "Esquadrão da Moda", do SBT, passa por momentos de altos e baixos, como a de qualquer mortal. Isabella tentou iniciar sua carreira de modelo num concurso de revista em 1990, mas não teve uma boa colocação. Porém, ao realizar seus primeiros trabalhos pelas mãos do fotógrafo Miro e do diretor de cinema Tripoli, foi descoberta pelo mundo da moda. A primeira capa de revista veio cinco anos mais tarde, na concorridíssima "Vogue". Em 1996, viajou para Milão e iniciou sua carreira internacional e seu mudou para Nova York em 1998. Só que, ao contrário do que pode se pensar, morar no exterior não fez bem à modelo. "Fiquei um mês e queria voltar porque morria de saudade da minha família. Minha carreira internacional foi bem morna e teve uma época em que fiquei um pouco frustrada", confessa.

Casada com o empresário Stefano Hawila há dois anos, Isabella diz que filhos fazem parte de seus planos, mas ela prefere deixar para engravidar no ano que vem. "Por enquanto, quero me dedicar ao 'Esquadrão' completamente até o fim do ano. Depois, a gente vê", desconversa.  

 

UOL - O "Esquadrão da Moda" começou em março de 2009. O que mudou desde a estreia?
Isabella Fiorentino
- O formato do programa é o mesmo. O que muda é a confiança das participantes. Hoje em dia, acho que elas aceitam mais as nossas opiniões. Nosso público também mudou com a mudança de horário. Quando entrávamos no ar mais cedo, às terças-feiras, a gente pegava um público mais juvenil. Agora que entramos às quartas, depois das 22h, somos mais assistidos por adultos.

UOL - Isabella Fiorentino sempre foi vista como uma mulher educada. Como é para você esculhambar as participantes?
Isabella Fiorentino
- Minhas amigas dizem que sou uma boa atriz. No começo, confesso que foi difícil vestir o papel de consultora de moda. O diretor [Aldrin Mazzei] me ajudou muito. Entendi que a gente tem que ser firme porque temos pouco tempo para mudar o conceito de moda da participante. Mas quando falo mal de uma peça, procuro enaltecer as qualidades que a pessoa tem. A gente não pode só detonar.

UOL - O "Esquadrão da Moda" é a versão do reality show britânico "What not to Wear" [O que não Vestir]. Você assistiu ao programa original? 
Isabella Fiorentino
- Eu era fã do programa. Assistia sempre porque morava em Miami e ele passava bem na hora do almoço. Sempre almoçava assistindo à atração. Quando o Aldrin me ligou, nem acreditei. Voltei de Miami por causa do "Esquadrão".

UOL - Você passou por uma bateria de testes para apresentar o "Esquadrão da Moda". Como foi passar por um processo de seleção? 
Isabella Fiorentino
- Nunca passou pela minha cabeça fazer um trabalho sem teste. Sempre fiz testes, até quando eu era modelo.  

UOL - Como você avalia sua trajetória profissional?
Isabella Fiorentino -
Eu acho que obtive um sucesso expressivo no Brasil. Mas acho que a de modelo internacional foi bem morna. Teve uma época em que fiquei frustrada. Fui para Nova York trabalhar, fiquei um mês e queria voltar porque morria de saudade da minha família. Não sei se estaria feliz tendo uma vida lá fora porque sou muito apegada à minha família. Acho que a gente tem que aceitar as coisas que vêm para a gente como um presente divino. 

UOL - Você tinha vontade de deixar as passarelas?
Isabella Fiorentino
- Pensava que eu tinha que sair por minha vontade, de preferência antes de o mercado não me querer mais. [risos] A carreira de modelo é curta mesmo e eu já estava achando que não tinha muito a ver eu desfilar. Todo mundo me fala que tenho uma beleza clássica, que é o segredo da longevidade na carreira, mas eu sempre quis fazer televisão. Minha primeira experiência foi no "Tudo a Ver", na Record. Pintaram vários convites depois do "Tudo a Ver", mas nenhum que me prendesse. Na realidade, a minha paixão pela TV sempre existiu. Tenho vários vídeos de quando eu era criança entrevistando ídolos como Madonna e Michael Jackson.

  • Arquivo pessoal

    Isabella Fiorentino e Stefano Hawila assistem ao jogo do Miami Dolphins (2009)


UOL - Recentemente um jornal publicou que você está grávida. É verdade?
Isabella Fiorentino
- Sempre sai na imprensa que eu estou grávida, mas não estou. Casei há dois anos [com o empresário Stefano Hawila] e o nosso primeiro plano era ter um filho. Mas aí comecei a trabalhar no "Esquadrão" e a gente adiou. Inicialmente, Arlindo [Grund] e eu tínhamos sido contratados para uma temporada. Estamos na segunda e ainda vamos para a terceira no ano que vem. Por enquanto, quero me dedicar ao "Esquadrão" completamente até o fim do ano. Depois, a gente vê. Já pensou que máximo eu apresentar o "Esquadrão da Moda" grávida no ano que vem? Porque eu quero trabalhar até o nono mês de gravidez, né? Posso até fazer um programa especial com moda para as grávidas! Afinal de contas, não é porque a mulher está grávida que não pode ser vestir bem.   

UOL - Você lançou o livro "Na Moda com Isabella Fiorentino", pela editora Nova Cultural. De onde surgiu a ideia de lançar um livro?
Isabella Fiorentino
- O trabalho que eu faço no "Esquadrão da Moda" a gente não vê em revista. Achei que o mercado estava carente disso. Precisava de um livro para que as pessoas tenham uma consciência melhor em seu corpo. No programa, muitas mulheres chegam acima do peso e eu digo que elas têm que estar felizes com o que elas têm. Através da roupa certa, é possível conseguir uma silhueta harmoniosa.    

UOL - Na sua opinião a aparência importa?
Isabella Fiorentino
- Importa sim. Principalmente em uma entrevista de emprego. A moda existe há séculos e não pode ser ignorada. 

UOL - Como é a sua versão dona de casa?
Isabella Fiorentino
- Minha mãe [Jane] sempre foi muito presente na minha vida e ela fazia tudo. Ela fazia em casa o iogurte sem conservantes e colocava no pote do Danoninho para a gente. Ela faz pães com farinha integral. O engraçado é que, quando morava com ela, achava isso tudo um exagero. Só que hoje eu faço tudo. Exatamente igual a ela. Faço tudo porque tudo é orgânico na minha casa. Não banalizo a carne. Tenho pena dos bichinhos. Mas às vezes a gente come lá em casa, em ocasiões especiais.  

UOL - Você nunca errou na hora de se vestir?
Isabella Fiorentino
- Nossa! Já errei muito na minha vida de modelo. Vejo fotos da época de adolescente e não me reconheço.

UOL - É verdade que você não compra mais roupa por conta do "Esquadrão"?
Isabella Fiorentino
- Claro que eu compro roupas! Eu ganho algumas peças, mas compro também.

UOL - Seu marido aceita os seus toques ou ele prefere se vestir sem a sua interferência?
Isabella Fiorentino
- Ele não aceita muito os toques não. Uma vez, em um casamento em Trancoso, na Bahia, ele aceitou usar uma calça saruel e fez o maior sucesso. Quando a gente viaja para o exterior, em Punta Del Leste, por exemplo, ele aceita mais. Faço umas produções com cangas e ele usa. 

UOL - Quais são os seus cuidados de beleza? 
Isabella Fiorentino
- O principal é a alimentação. O que você come reflete na pele, no cabelo, nas unhas... O único creme que eu uso todos os dias é o protetor solar. À noite, deixo minha pele respirar porque fico maquiada o dia inteiro. E eu tenho preguiça de passar outros cremes. 
 

 

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