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17/06/2010 - 14h29

Sabrina Sato fala da "família Pânico", do namoro com o deputado e da sorte que sua pinta traz

CARLA NEVES
Do UOL, no Rio
  • AgNews

    Sabrina Sato circula na Bienal, durante o SPFW Verão 20111

Ela tem um dos corpos mais perfeitos do país, mas jura não se considerar um símbolo sexual. É desejada por dez em cada dez homens e invejada pela maioria das mulheres, mas se comporta como uma Lolita, que mal percebe seu poder de sensualidade. Assim é Sabrina Sato, 29 anos, apresentadora do “Pânico na TV”.

Divertida e, ao mesmo tempo, pé no chão, a representante feminina do humorístico da Rede TV! confessa nesta entrevista ao UOL que, como quase toda mulher, também sofre para manter o peso ideal e assume não gostar nem um pouco da famosa verruga que se tornou sua marca registrada. “Acho ela bem feia, mas me dá sorte. Tenho medo de tirar e ficar com azar”, afirma ela, às gargalhadas.

Há quase sete anos no “Pânico na TV”, Sabrina assume que evoluiu bastante como apresentadora e garante não se incomodar com as críticas ao seu sotaque de Penápolis, interior de São Paulo, e às roupas justas que usa durante as matérias que faz para o programa.

“Toda mudança tem que ser natural. A gente não pode ser radical. Eu comecei o ‘Pânico’ usando biquíni e hoje estou usando uma saia acima do joelho. Mas você nunca vai me ver de burca!”, diz Sabrina, aos risos, admitindo que hoje vê na equipe do humorístico uma família. “Convivo muito mais com eles do que com meus familiares. Eles sabem e sempre souberam de tudo da minha vida.”

UOL – A que você atribui o sucesso do “Pânico na TV”?
Sabrina Sato – À equipe, que é muito talentosa e dedicada. Todo mundo tem orgulho de fazer o que faz. E o Emílio [Surita] é um gênio. Você nunca vai vê-lo dando entrevistas. Ele é o apresentador mais “low profile” da TV brasileira. Sabemos que cada um tem seu espaço e que temos que ajudar uns aos outros. A gente se respeita. Claro que brigamos, discutimos, mas gostamos mesmo é de brincar. Em compensação, a gente trabalha para caramba.

UOL – Como é feita a reunião de pauta do programa?
Sabrina Sato – A gente tem duas reuniões de pauta. Uma é na terça-feira, na casa do Emílio, e vai das três da tarde até as três da manhã. Começa com pipoca, coca-cola, bolo, cachorro-quente. E, na maioria das vezes, termina em churrasco. Eu que sou mulher sofro. Fico ansiosa e começo a comer à beça [risos]. A gente come bacias e bacias de pipoca. Outro dia comemos um ovo de Páscoa enorme. Ao todo são umas 15 pessoas. E ela [a reunião] decide o programa inteiro. Mas a gente também tem a reunião de domingo, que é quando passamos as pautas. É sempre depois do programa, em uma pizzaria perto da emissora. Nessa reunião, a gente resolve o que tem de evento na semana para cobrir.


UOL – Como é a sua relação com os outros integrantes do “Pânico na TV”?
Sabrina Sato – Convivo muito mais com eles do que com a minha família. Eles sabem e sempre souberam de tudo da minha vida, desde o meu primeiro namorado até quantos quilos engordei. Sabem quando estou apaixonada. Cada quilo que ganho eles sacaneiam [risos].

UOL – Qual foi a pior situação que você já viveu no programa?
Sabrina Sato – Faz muito tempo que não faço matérias de aventura. Mas o que me deu mais medo até hoje foi nadar com os tubarões brancos e saltar do maior bungee jump do mundo, na África do Sul.

  • Sabrina salta de bungee jump da ponte Bloukrans River Bay, em Plettenberg Bay, na África do Sul (7/5/10). Esta foi uma das situações de mais medo que Sabrina já viveu no programa

UOL – Você foi afastada do Pânico em 2006 e logo depois voltou sem dar explicação. Foi uma jogada de marketing do programa? O que aconteceu?
Sabrina Sato – Se foi jogada de marketing não me contaram [risos]. É óbvio que tinha contrato com o “Pânico” e ele ia continuar. Mas como o meu quadro tinha sido proibido pela Justiça, eles decidiram me afastar. E falei para o Emílio: ‘então vou começar a fazer uns vídeos. Se você quiser mostrar, tudo bem’. Eu até fiz um funk e fui ao programa do Gugu, no SBT. Cheguei a ser procurada por gravadoras para gravar o funk [risos]. Também fui ao programa da Hebe. Enfim, todo mundo fez campanha para eu voltar para o “Pânico”. E nesses meses fiquei meio triste. Engordei e tudo. Aí tive a ideia de fazer um reality mostrando como era a vida de alguém que tinha perdido o emprego na TV. Todo mundo do programa ficou com dó de mim. O Bola até chorou. Fiquei uns três meses longe.

Me dou muito bem com meus ex-namorados. Tirando os que não falam comigo [risos].

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UOL – Muito se falou de você tirar essa pinta na testa ao vivo. Isso realmente vai acontecer? 
Sabrina Sato – O Emílio vive querendo tirar. Todo mundo fala que essa pinta é feia e me sacaneiam. Na verdade, é uma verruga. Agora então com a TV em 3D, o Emílio diz que ela vai invadir a casa das pessoas [risos]. Esteticamente eu não gosto, mas minha mãe e minha irmã acham que dá sorte e eu escuto muito a minha família. Também acho ela bem feia, mas tenho medo de tirar e ficar com azar [risos].

UOL – Até nas pautas mais sérias, você vai com pouca roupa. Por que você mantém esses looks? É proposital?
Sabrina Sato – Outro dia, em uma matéria que fiz com a seleção brasileira, estava com manga comprida, toda coberta! [risos]. Nas matérias de Brasília eu só posso usar roupa com no máximo quatro dedos acima do joelho. É óbvio que eu não sigo a regra. Toda mudança tem que ser natural. A gente não pode ser radical. Eu comecei usando biquíni e hoje estou usando uma saia acima do joelho. Mas você nunca vai me ver de burca [risos].

UOL – Já levou cantada de algum parlamentar quando esteve em Brasília?
Sabrina Sato – Enlouqueceu? [risos] Todo mundo sabe que namoro. Eu brinco muito com eles e, é óbvio, que eles brincam comigo. O que tento tirar deles é aquela carcaça séria, aquela coisa do terno. Tento tirá-los do ambiente deles, e não entrar nele.

UOL – Você se diverte muito, né?
Sabrina Sato – Muito. Mas também sou muito chorona. Sou muito romântica, muito mulherzinha. Ao mesmo tempo que pareço molecona, sou muito feminina.

UOL – Você namora o deputado Fábio Faria, que é ex-namorado da Adriane Galisteu. Você fala com ela? Já rolou alguma saia-justa?
Sabrina Sato – Conheço e gosto muito da Adriane. Nunca rolou saia-justa porque sou uma pessoa muito tranquila. O namoro deles é passado. Eu, por exemplo, me dou muito bem com meus ex-namorados. Tirando os que não falam comigo [risos].

  • Adriane Galisteu e Sabrina durante festa de aniversário de Helinho Calfat, cujo tema era "funk carioca", em SP (13/2/08)

UOL – O que você achou da declaração da Galisteu sugerindo que você pedisse nota fiscal dos presentes que ganhar do Fábio?
Sabrina Sato – Não fiquei magoada com ela, mas, às vezes, acho que querem causar polêmica. E não preciso disso. O tempo é a melhor resposta para tudo. O Fábio amadureceu e está amadurecendo diariamente. Todo mundo tem seus momentos de imaturidade.

UOL – Você e o Fábio moram em estados diferentes. Como fazem para se encontrar?
Sabrina Sato – A gente se vê toda semana. Ou eu viajo para Natal, onde ele mora, ou ele vem para São Paulo. Também encontro ele quando vou gravar as pautas em Brasília. Ele também vai para Penápolis comigo.

UOL – Vocês pensam em casamento?
Sabrina Sato – Nossa, esse ano todo mundo resolveu me perguntar isso. Aí que você vê que está ficando velha mesmo [risos]. Mas eu não tenho medo de ficar para tia. Acho que tenho mais medo de casar. Não é preciso casar para provar que se ama alguém. Ao mesmo tempo, vejo o casamento dos meus pais, que estão juntos há 33 anos, e me dá vontade de casar, ter um monte de filhos.

UOL – Seu namorado te ajuda nas pautas sobre política?
Sabrina Sato – Todo mundo me ajuda e leio muito sobre o assunto. Meu pai também já foi vereador e é um devorador de notícias. Então ele me liga e passa todas as informações, me atualiza.


UOL – A Mônica Iozzi, do “CQC”, disse que o trabalho dela não tem nada a ver com o seu porque ela está sempre de terno e você está sempre com pouca roupa. Como você encara essa crítica?
Sabrina Sato – Na boa. Acho que nosso trabalho não tem a ver mesmo. Comecei a fazer pautas sobre política há um ano. E só tinha eu de mulher na Câmara. Chamava os senadores para falar comigo. Encontrei a Mônica uma vez só. Mas não sei muito do trabalho dela. Ela é mais séria, né? [risos]

UOL – Como você mantém a forma?
Sabrina Sato – Eu sou uma pessoa muito agitada. Até os 28 anos, é muito fácil manter a forma. Se você fizer atividade física e comer bem não engorda. Mas aos 29 a coisa muda. Estou sentindo uma diferença muito grande! Então corro, faço boxe. Faço atividade física duas vezes por semana. Até porque, não consigo controlar a alimentação. Sou muito ansiosa, boquinha aberta. Como muita porcariada à noite. Adoro misturar arroz, carne, feijão, creme de milho, ovo. No dia a dia como muito ovo e não consigo ficar sem doce, principalmente chocolate. Sou viciada, chocolate me deixa feliz [risos].

UOL – Quando tudo cair, o que você pretende fazer da vida?
Sabrina Sato – Acho que só o tempo vai dizer isso. O “Pânico” já tem sete anos. Não gosto de falar sobre futuro. Se eu faço bem hoje, eu vou colher no futuro. A gente tem que fazer direito no presente. Eu me preocupo com essa semana. A semana que vem é a semana que vem. Eu trabalho muito. Não tenho tempo para nada. Nem para namorar [risos].

UOL – Você foi capa da “Playboy” duas vezes. O que te fez aceitar os convites? Faria novamente?
Sabrina Sato – Você acha que nesses anos todos eles não me convidaram de novo? Todo ano me convidam [risos]. Eu fiz porque precisava do dinheiro, mas logo depois comecei a trabalhar no “Pânico”. Antes, a gente ganhava muito mais para fazer a “Playboy”. Não tenho vontade de fazer agora. Só que não tenho preconceito contra quem faça. Pelo contrário, compro, vejo, gosto.

UOL – Você fez umas pontas em novelas da Globo. O que te fez desistir da profissão de atriz?
Sabrina Sato – Desde os seis anos de idade, eu já queria trabalhar em TV. Fiz uns 300 testes para rádio. Minhas primeiras aparições foram no SBT, no programa “Cidade Contra Cidade”, representando Penápolis. Também fui ao programa da Eliana, da Mara Maravilha. Mais tarde, fiz uma participação na novela “Porto dos Milagres”, da Globo. E fiz muito teatro. Já ganhei até prêmio de teatro! [risos]. Achava muito difícil, mas gosto de comédia. Sou muito melhor no palco e ao vivo do que na TV. Eu não olho para a câmera direito, não sei me comportar. Eu sempre gostei de apresentar e eu achava que ser atriz ia me limitar muito por eu ser japonesa.

Eu não tenho medo de ficar para tia. Acho que tenho mais medo de casar.

UOL – Você recebeu proposta para se candidatar para vereadora em 2008 pelo PPS. Por que não aceitou?
Sabrina Sato – Também fui chamada pra me candidatar a deputada este ano. Mas não tenho vontade. A psicologia e a religião guiam muito a minha vida. Tenho um roteiro de vida que fiz quando criança, que era trabalhar na TV. Então não vou sair disso. Adoro conhecer e ajudar as pessoas, mas não saberia ser uma boa política porque não sei resolver nem minhas coisas [risos].

UOL – O que você achou do primeiro jogo da seleção brasileira na Copa?
Sabrina Sato – Achei que foi um jogo sem graça. Todo mundo queria mais. Mas espero que a seleção melhore. Temos que ser otimistas, né? [risos]. Faltaram jogadores brilhantes, nomes como Ronaldinho Gaúcho, Ganso.

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