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14/07/2010 - 10h01

Elenco se reúne na pré-estreia de "O Bem Amado" e lamenta ausência de Drica Moraes

CLÁUDIA DIAS
Colaboração para o UOL

AgNews

José Wilker e Marco Nanini na pré-estreia de

José Wilker e Marco Nanini na pré-estreia de "O Bem Amado" (13/7/10)

Em ano eleitoral, nada melhor para fazer o público pensar como a história do político corrupto Odorico Paraguaçu, contada nos anos 70, na novela “O Bem Amado”. A novela, que já virou peça de teatro, ganhou uma versão para o cinema, que teve sua pré-estreia na noite desta terça-feira (13/7), no Cine Odeon, no Centro do Rio de Janeiro. A ausência mais sentida foi de Drica Moraes, que ao lado de Andrea Beltrão e Zezé Polessa formou o trio das irmãs Cajazeiras, solteironas da cidade. O elenco fez uma homenagem à atriz ao apresentar o filme. “Queremos dedicar esta pré-estreia a ela, que está se recuperando muito bem. A notícia do sucesso do transplante é a nossa maior alegria no dia de hoje”, afirmou o diretor Guel Arraes.

Na versão cinematográfica de "O Bem Amado", Odorico Paraguaçu, magistralmente vivido por Paulo Gracindo no original, ganhou vida através de Marco Nanini. O ator também interpretou Odorico no teatro, que considerou sua grande escola. “O teatro foi uma boa plataforma para eu ter intimidade com o personagem, para eu poder conviver com ele muito tempo, sentindo a reação do espectador com relação a ele, o que confirma a reação da outra época, quando Paulo Gracindo fez”, afirmou.

Curiosamente, José Wilker não assistiu à versão televisiva da trama, onde o seu personagem, o cangaceiro Zeca Diabo foi interpretado por Lima Duarte. Segundo ele, sua base foi apenas o texto de Dias Gomes. “Eu não conhecia, porque na época em que a novela rolou, eu fazia teatro à noite e não via. Para mim, foi uma surpresa, tive que aprender fazendo”, afirmou.

Os dois, no entanto, têm visões diferentes sobre a influência política que o filme poderia ter nos brasileiros. Enquanto para Nanini, de uma forma ou de outra, políticos como Odorico Paraguaçu ainda existem , e podem se perpetuar no poder, Wilker não viu qualquer ligação com os dias atuais. “Ele é muito calhorda, mas pela pena do Dias Gomes, fica um personagem simpático e carismático. Na verdade, talvez este seja o perigo do político. E o filme dá a oportunidade do povo de ter subsídios na hora do voto. Existem alguns Odoricos Paraguaçus no poder. Ele é atemporal. E ainda vai existir por algum tempo, se a gente não tomar cuidado”, advertiu Nanini.

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