O designer Thomaz Velho, irmão de Rafael Mascarenhas, de 18 anos, que morreu atropelado na madrugada de terça-feira (20/7), no Rio de Janeiro, disse que “fazer pega é coisa de babaca” e culpou a sinalização pela morte do jovem, filho da atriz Cissa Guimarães. Mas Thomaz também admitiu que Rafael estava errado por andar de skate no túnel interditado, prática que é proibida. O acidente aconteceu no Túnel Acústico da Gávea.
“Acho que houve erro de segurança pública. Como não tem grade separando um túnel do outro? Eu sei que o meu irmão estava fazendo coisa errada, mas quem nunca fez coisa errada na vida? Eu já fiz muita coisa errada”, afirmou, emocionado.
Thomaz disse ainda que espera justiça e criticou os motoristas que supostamente faziam pega dentro do Túnel Acústico. O motorista Rafael de Souza Bussamra confessou ter atropelado Rafael Mascarenhas.
“A pessoa que fez isso com o meu irmão tem que pagar. Fazer pega é um absurdo, é coisa de babaca”, ressaltou.
“Foi tudo muito rápido”
O estudante Luís Quinderé, que estava com Rafael Mascarenhas na hora do atropelamento disse que foi tudo muito rápido. “A gente estava andando de skate, como sempre fazíamos, e os carros apareceram do nada. Os caras estavam fazendo pega e gritando”, contou.
João Pedro Gonçalves, o terceiro do grupo, quase não conseguia falar e preferiu não comentar o acidente. Afirmou que vai guardar o último sorriso de Rafael Mascarenhas. “No último ensaio que tivemos [Rafael era músico], me lembro do moleque sorrindo. É essa imagem que vai ficar.”
O acidente
Rafael Mascarenhas, filho de Cissa Guimarães e do músico Raul Mascarenhas, morreu na manhã desta terça-feira (20/7), no Rio de Janeiro. Ele foi atropelado por Rafael de Souza Bussamra, no Túnel Acústico, na Gávea, Zona Sul, na pista sentido Gávea. O túnel estava interditado para manutenção e Rafael estava andando de skate. O rapaz foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros por volta das 2h.
A confirmação do óbito foi às 8h, segundo informação da assessoria de imprensa do hospital Miguel Couto, da Gávea. Rafael chegou a ser operado, mas não resistiu aos ferimentos. Ele sofreu politraumatismo na cabeça, no tórax, nos braços e nas pernas.