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30/11/2010 - 14h16

Encontro de gerações marca festa dos 50 anos do trapalhão Didi no Rio

BIA SARTORIO
Do UOL, no Rio
  • AgNews

    Renato Aragão e Carolina Dieckmann posam para foto no Bar do Copa, no Rio (29/11/10)

    Renato Aragão e Carolina Dieckmann posam para foto no Bar do Copa, no Rio (29/11/10)

O clima era de reverência e o Bar do Copa, em um hotel do Rio, ficou pequeno para o encontro de gerações que a Globo promoveu na noite de segunda (29) em homenagem aos 75 anos (ainda não completos) de Renato Aragão e aos 50 do alter-ego do humorista, o trapalhão Didi. Ao lado dos filhos e da mulher Lívian, Renato recebeu os cumprimentos de uma série de globais, desde colegas de elenco atuais até ícones dos primórdios do personagem na TV, como Roberto Guilherme, Wanderley Cardoso, Maurício Shermann, Terezinha Elisa e o trapalhão Dedé.

A anfitriã da noite, Patrícia Poeta, chegou cedo, acompanhada por Zeca Camargo, seu par também no "Fantástico". A jornalista disse que a entrevista com Renato está entre as dez mais marcantes da vida dela. "Em dois dias de gravação, entrei na intimidade dele. Fiquei amiga dele. Foram 12 horas de gravação, divididas em dois dias. A história dele me surpreendeu, ele tem muitos talentos. Fiquei quase uma noite sem dormir depois de falar com ele", afirmou Patrícia, que não quis mencionar a grife do vestido tomara que caia branco que usava. O convite para gravar a entrevista com Renato partiu do diretor Jayme Monjardim, que circulou na festa ao lado da mulher, Tânia Mara, e teceu mais elogios ao humorista: "A reação das pessoas na rua com o Renato é incrível", disse sobre a gravação do especial dos 50 anos do personagem, que envolveu uma externa na basílica de Aparecida (SP).

  • AgNews

    Patrícia Poeta foi a anfitriã da noite (29/11/10)

Dedé Santana, que acompanhou Renato desde o início da carreira no Rio e esteve anos afastado do comediante após a morte de Mussum, foi um dos primeiros a chegar na festa e falou sobre o reencontro. "A única coisa que tinha medo era terminar a carreira, ou morrer, e estar longe dele", declarou o humorista, que retomou a parceria com Didi em 2008. "Posso dizer que agora estou feliz. Meu sonho era estar do lado dele e poder comemorar esta data".

Regina Duarte viajou ao Rio para dar um abraço no humorista com quem contracenou em alguns filmes e destacou a ambiguidade do personagem Didi. "Ele é alegre, malicioso, ingênuo, sacana... Para mim, um símbolo de um brasileiro que dá vontade de pegar no colo e levar para casa", declarou. Já Patrícia Pillar exaltou a leveza do humor de Renato. "O humor dele é um contraponto a esse humor sarcástico. Ele ensina a querer bem e sempre acha uma maneira de rir de si mesmo", disse a atriz, que gravou com Didi uma paródia do filme "Casablanca" e o filme "O Noviço Rebelde".

"A verdade é que as crianças viam e se divertiam. E ele conseguia fazer bem tanto o programa na TV quanto os filmes", ponderou Daniel Filho, que se disse honrado em dirigir uma produção cinematográfica de Renato, "O Cangaceiro Trapalhão", de 1983. "Na época, eu fiz principalmente para que meu filho e minha filha se orgulhassem de mim", declarou o diretor.

Para o homenageado da noite, é justamente esta geração, dos filhos de Daniel Filho, que mais se emociona com seu personagem. "Eu sinto que a geração mais aficionada é a geração entre 25 a 40 anos, aquela que assistia aos 'Trapalhões'", acrescentando que não vê as reprises do programa para não sentir saudades.

Da turma 'aficionada', como diz Renato, faz parte a atriz Carolina Dieckmann, que chegou atrasada à comemoração e, acompanhada do marido Tiago Worcman, não conteve a emoção ao ver um trecho do especial "Eu Sou Renato - Didi faz 50 anos", que foi exibido aos convidados e reconstituiu o acidente de avião a que Renato sobreviveu, ainda jovem. A atriz lembrou que foi figurante, aos 11 anos de idade, de um filme do Didi, "A Princesa Xuxa e os Trapalhões". "Fazia balé e chamaram minha turma para gravar. Foi a primeira vez que vi um artista de perto", contou. Além disso, Davi, filho mais velho de Carol tem a mesma idade de Lívian, filha mais nova de Renato e frequentam a mesma escola. "Papai do céu foi tão legal comigo que Davi é da mesma sala de Lívian desde o primeiro ano no colégio. Toda sexta-feira ele vai para casa dela. Ele e Renato viraram melhores amigos. Renato ensinou umas palhaçadas para ele", completou a atriz, que diz ter ganho toda a filmografia do Didi do próprio Renato.

Para apresentar o curta de "Eu Sou Renato - Didi faz 50 anos", Patrícia Poeta subiu ao palco ao lado de Edson Celulari. Enquanto a jornalista agradeceu a Renato pela entrevista que serviu de base para o especial, o ator leu um trecho de um livro pouco conhecido de autoria do Renato e pediu ao comediante mais 50 anos de vida ao personagem Didi. Renato respondeu que está em uma idade em que, "se esticar mais os braços, o hômi lá de cima me puxa", brincou o eterno trapalhão. "Tenho três filmes com roteiros já prontos para produzir. Vou fazer agora meu xodó, o 'Acampamento de Férias 3'", uma minissérie em seis capítulos", declarou Renato, mirando o futuro em meio a tantas referências ao passado.

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