Fernanda Lima diz que já fingiu orgasmo 'porque não sabia direito o que era'

CLÁUDIA DIAS

Colaboração para o UOL

Prestes a comandar a segunda temporada do "Amor e Sexo", na TV Globo, Fernanda Lima confessa que está mais ‘liberada’ ao falar sobre o tema do programa. Até em casa. “O programa me deu mais tranquilidade e me abriu mais para o diálogo. Muitas vezes, levei pautas para casa e botei na mesa com o Rodrigo [Hilbert, marido de Fernanda]. Perguntei mesmo: o que tu achas? Coisas que eu não teria coragem de perguntar, se não fosse o programa”, afirmou.

Por falar no marido, ela disse que o sexo entre quatro paredes está cada dia mais desencanado. “Acho que não tem obrigatoriedade nenhuma. Também não dá pra tirar férias, porque a pessoa que está ao seu lado vai te cobrar, mas tem que ser uma coisa natural. Na minha casa, por exemplo, se estamos cansados, vamos dormir. Amanhã, é outro dia. Se amanhã viajou, não tem problema. Não tenho essa preocupação e também não tenho essa insegurança”, disse.

Suas experiências, aliás, acabam virando assunto do programa. Afinal, como dar liberdade às pessoas, sem abrir sua intimidade? “Se eu falo, dou liberdade às pessoas de falarem também, porque estou me colocando. Não fico em cima de um pedestal, esperando que elas se entreguem”, explicou. E continuou: “Quando a gente fala de um jeito natural, sem palavras vulgares, fica gostoso de trocar sobre o tema. Se já chegamos com nomes e jeitos, de uma forma agressiva, as pessoas se intimidam. Mas, quando vamos com carinho, as pessoas se abrem para falar sobre o tema”, dispara.

De repente, um deles se virou e perguntou: e você? Eu disse que já também. Mas, porque eu era muito nova, no começo da minha experiência, não sabia direito o que era, como era.

Fernanda Lima, sobre fingir orgasmo

Entre os assuntos, Fernanda lembra que, em um dos programas, confessou que já fingiu orgasmo. “Isso é uma coisa muito íntima. Eu estava conversando com um grupo de homens sobre isso. Os caras todos confessando que sim ou que não, e por quê. De repente, um deles se virou e perguntou: e você? Eu disse que já também. Mas, porque eu era muito nova, no começo da minha experiência, não sabia direito o que era, como era. Então, a gente acaba fazendo alguma coisa para convencer a pessoa que está com você e o tempo vai nos ensinando”, disse.

Mas, quem pensa que a apresentadora é extremamente liberal, está redondamente enganado. “Ainda sou cheia de preconceitos. Vou vivendo e aprendendo”, dispara a bela. Mesmo assim, ela disse que ainda se constrange com algumas situações. Uma delas foi a eliminação da primeira transexual a participar do "Big Brother Brasil 11". “A Ariadna ter saído do 'Big Brother' na primeira semana foi uma coisa que me constrangeu. A gente vive em um país tão liberal e uma transexual é eliminada na primeira semana do programa, sem nenhum motivo aparente, simplesmente por sua opção sexual. Isso não existe”, disparou.

Fernanda também confessou que teve uma educação sexual falha em casa e aprendeu ‘na marra’. “Saí de casa com 14 anos. Praticamente não sabia nada da vida, ficava apavorada com tudo. Mas, quando se tem a oportunidade de ver de fora como as pessoas vivem e as suas referências, vamos fazendo uma troca e vai ficando cada vez melhor de lidar com estas questões. É sempre melhor falar, abrir o peito, dar a cara a tapa do que se fechar. Se não se reprime mesmo”, comentou.

  • AgNews

    Fernanda divulga "Amor e Sexo" (25/1/2011)

Mãe dos gêmeos Francisco e João, com dois anos, ela diz que não pretende agir com os filhos, como seus pais. “Quando meus filhos forem adolescentes não sei como vou lidar com isso. Quero falar abertamente e espero que isso aconteça. Acho necessário porque as crianças estão sujeitas a muitas coisas. Uma entre três crianças é abusadas, então como prevenir se não falar? Vai ser difícil? Vai, mas vamos falar aqui, para você se proteger ali na frente. Por isso, eu pretendo sim, falar sobre sexo com os meus filhos e muito. Para eles se protegerem em todos os aspectos e para viverem uma sexualidade mais livre. Para saberem que podem escolher uma pessoa e não precisam necessariamente ser escolhidos, que eles vão sofrer e que o tempo vai curar as coisas, que eles podem iniciar a vida sexual deles mais tarde, que não vai ter a pressão de, porque os amigos fizeram, terem que fazer também. Que eles sejam realmente livres e tenham uma cabeça boa para escolher o que querem para a vida deles”, afirma.

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