"A fama não me trouxe nada de bom", diz Alexandre Nero, rejeitando o rótulo de galã

CLAUDIA DIAS

Colaboração para o UOL

  • AgNews

    Nero na apresentação de "Batendo Ponto" (22/3/2011)

    Nero na apresentação de "Batendo Ponto" (22/3/2011)

Depois de três novelas e muito sucesso – principalmente com a mulherada – Alexandre Nero está de volta à telinha, para novamente ser o queridinho do público feminino. No seriado “Batendo Ponto”, que estreia no dia 3 de abril, na nova grade da Globo, o ator será Caíque, um funcionário apaixonado pela secretária Val (Ingrid Guimarães). Enquanto ele quer um compromisso sério com a moça, é ela quem diz não. Apesar do jeito galanteador do personagem, Nero nem pensa em aceitar o rótulo de galã. “Adoraria consolidar essa carreira, porque o galã ganha muito bem. Mas, não é o meu caso. Não tenho esse perfil. Mas, não teria nenhum problema em ser galã. Já disse várias vezes: parem de dizer que eu sou talentoso, quero ser bonito!”, brinca.

Com toda a sua sinceridade, outro rótulo que ele prefere não ter é o de celebridade. “A fama não é legal, não me trouxe nada de bom. Eu diferencio a fama do sucesso. São duas coisas completamente diferentes. Sucesso é uma coisa que todo mundo quer ter e é isso o que eu busco. Fama não. Não vejo sentido”, completa. Para ele, até para ser celebridade, tem que ter talento. “Sou um cara mais tímido, na minha. Entro nos lugares de cabeça baixa, morrendo de vergonha que me reconheçam. Não sei tirar foto com as pessoas, é uma questão de talento mesmo. A maioria das pessoas dizem que as celebridades são pessoas vazias e sem talento. Discordo completamente. Tem gente que tem talento para ser celebridade. E eu não tenho isso”, dispara.

Os olhos do ator, no entanto, brilham quando o assunto é o seu trabalho. Para ele, sua vida acaba se confundindo um pouco com as dos homens que ele intepreta. “Sempre sou eu. Eu não empresto nada, sou eu naquela situação. O que o Alexandre faria naquela situação. É claro que isso depende muito do tipo de estética que está sendo usado”, lembra. Mas, dá pra não levar o personagem pra casa? “Depende do trabalho, do tempo. Teatro, normalmente é um pouco assim. Esse personagem do seriado vai ser um pouco assim. Já novela é complicado. Você fica oito meses naquele personagem. Para o Gilmar sair de mim foi demorado. Eu estava bastante mauzinho”, completa.

Mas, aviso às navegantes: o ator está casadíssimo há dez anos, com a também atriz, Fabiula Nascimento. Os filhos, no entanto, ainda não são um plano concreto do casal. “Estamos como sempre. Sempre pensamos e deixamos de pensar”, completou. Mesmo com tanto tempo de casamento, ele não é o que se pode chamar de um ‘romântico de carteirinha’. “Não acredito no amor verdadeiro, único amor, metade da laranja ou qualquer coisa assim. É tudo isso, enquanto está sendo legal. Na hora que deixar de ser, é seguir adiante. Já vivi amores platônicos sim, mas sempre em curtos espaços de tempo”, dispara.

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Alexandre venceu completamente a timidez durante o Carnaval. Ele desfilou em um carro alegórico na União da Ilha do Governador, representando o personagem central do enredo, Charles Darwin. “Sou ator, entrei lá assim, fingindo que eu sou um sambista, enganando a galera que eu sou um cara animado, extrovertido. Foi divertidíssimo, mas para fazer um negócio desse, vesti um personagem. Mas, o meu íntimo não estava ali”, disse.

Curitibano, ele confessa que ainda não conseguiu se adaptar inteiramente ao Rio de Janeiro. “Estou tentando cariocar, mas é difícil, porque curitibano é muito diferente. A cultura, a cidade, tudo é muito diferente. Lá a gente usa roupa de frio, cachecol, roupa de lã. Aqui, está tudo cheirando a naftalina no armário lá de casa”, diverte-se

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