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30/04/2008 - 19h29

Travesti diz que Ronaldo sabia que não estava com uma mulher

Reuters

Andréia Albertino, travesti que acusa Ronaldo de não pagar programa

Andréia Albertino, travesti que acusa Ronaldo de não pagar programa

São Paulo, 30 abr (EFE).- O travesti André Luiz Ribeiro Albertino, que usa o nome "Andréia Albertine", afirmou nesta quarta-feira à Agência Efe que o jogador Ronaldo sabia que estava contratando os serviços de um homossexual na noite de domingo.

"Não é um crime, nem um pecado sair com travestis. Ronaldo sabia que estava lidando com um travesti, ele não é cego. Sou bonita, mas não sou a Daniela Cicarelli", disse Andréia, referindo-se à ex-mulher do atacante do Milan.

Segundo Andréia, Ronaldo esteve com ela e mais dois travestis em um motel da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro na noite de domingo e realizaram um "programa sexual".

O travesti afirmou que Ronaldo o enviou à favela Cidade de Deus para comprar cocaína. Quando retornou ao motel, o jogador se recusou a pagar pelos serviços e pela droga, alegando que "não sabia" que o trio era formado por homossexuais e não por mulheres.

"Eu decidi levar o caso à Polícia quando ele exigiu que nós três usássemos a droga e disse que não nos ia a pagar. Vou até o final na Justiça. Infelizmente a sociedade acredita mais em Ronaldo do que em mim", disse.

Entre terça e quarta, o Andréia esteve em São Paulo como convidada do programa Superpop, da "Rede TV".

No entanto, o travesti se mostrou aberto a estabelecer um diálogo com Ronaldo e seus advogados.

"Eu, como ser humano, aceito as desculpas e se ele pensa em me indenizar é outra coisa", afirmou.

Em sua rápida visita à capital paulista, Andréia voltou a criar polêmica ao agredir uma dupla de humoristas do programa "Pânico na TV", que a abordaram dentro da emissora.

"Eles vieram disfarçados de Milene Domingues (ex-mulher do jogador) e Ronaldo. Eu pedi que não me filmassem e comecei a correr. Eles me perseguiram, mas como um rato encurralado comecei a atacar e atirei câmeras e uma televisão neles", contou.

Depois do incidente, o travesti se dirigiu a uma Delegacia de Polícia, na cidade paulista de Barueri, onde registrou uma queixa contra os humoristas Wellignton Muniz e Rodrigo Scarpa. Andréia disse que foi "muito bem tratada".

Após a confusão no motel, na manhã de segunda-feira, o travesti afirmou que "entregou o documento de Ronaldo na delegacia".

Andréia teria ficado com o documento do carro de Ronaldo como uma garantia que o jogador iria permanecer no motel enquanto ela fosse comprar drogas na favela.

"Foi um documento que ele me deu como garantia e assim não é possível extorquir. Ele fala de extorsão porque me ofereceu dinheiro para ficar calado e eu aceitei, mas depois traiu sua palavra. Ele disse à Polícia que eu estava cobrando 50.000 reais", explicou o travesti.

Andréia também publicou no site de vídeos YouTube um curto vídeo feito com um telefone celular no qual Ronaldo é visto com a camisa do Flamengo, a mesma que usara horas antes ao assistir a uma partida no Maracanã.

O escândalo custou o fim do relacionamento do atacante do Milan com a namorada, Maria Beatriz Anthony, e pode também causar o rompimento do contrato vitalício com a Nike.

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