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23/06/2010 - 06h04

Morte salvou Michael Jackson da falência

Fernando Mexía

Dave Hogan/Getty Images

O cantor Michael Jackson anuncia sua série de shows em no 02 Arena, em Londres (5/3/2009)

O cantor Michael Jackson anuncia sua série de shows em no 02 Arena, em Londres (5/3/2009)

Los Angeles (EUA), 23 jun (EFE).- As finanças de Michael Jackson reviveram após a sua morte, cujas grandes dívidas em vida estão sendo eliminadas durante este ano devido ao ressurgir de suas vendas e fim das despesas.

Apesar de um patrimônio que ultrapassava amplamente US$ 1 bilhão, o cantor arrastou até o dia em que morreu, 25 de junho de 2009, uma precária situação econômica marcada por uma péssima liquidez e numerosas dívidas, que chegavam a US$ 500 milhões.

Nas vésperas do primeiro aniversário do trágico adeus do artista, os nomeados por Michael em seu testamento para conduzir sua herança, o advogado John Branca e o executivo John McClain, reverteram essa situação crítica.

Segundo dados do "Wall Street Journal", o fundo do artista teria gerado mais de US$ 200 milhões de lucro em um ano, quantidade que serviu para salvar alguns embargos e acertar contas não pagas, como a minuta do advogado que defendeu o artista no julgamento por abuso de menores em 2005.

A própria morte do "rei do pop" alavancou as vendas de seus discos - foi o artista que mais álbuns vendeu em 2009 nos Estados Unidos - e a arrecadação por direitos autorais, assim como de outros acordos assinados pelo fundo.

Entre esses contratos, foi autorizada a criação de um videogame para aprender a dançar com o artista, além do uso de suas canções para fazer musicais e a produção do documentário "This is It", pago pela Sony o valor US$ 60 milhões.

A Sony também pagou US$ 125 milhões ao fundo pela venda de discos de Michael, mais de 31 milhões no mundo todo desde a sua morte, e pelos adiantamentos de futuras vendas, já que está previsto que em novembro seja lançado um novo álbum do artista com temas inéditos.

Outro fator que contribuiu para melhorar a situação financeira deixada pelo "rei do pop" foi a sua própria ausência, já que ele costumava viver em meio ao luxo extremo em sua mansão de Neverland, na Califórnia, onde tinha seu próprio parque de diversões e zoológico.

Apesar de tudo, os administradores da herança de Michael terão que pagar antes do fim de 2010 um empréstimo avaliado em US$ 300 milhões usado pelo artista em 2006 para devolver outro empréstimo de US$ 270 milhões.

O fundo de Michael tratará de renegociar o empréstimo com o banco e voltará a buscar o amparo na Sony.

Quanto ao rancho de Neverland, que o artista salvou do embargo por falta de pagamento de uma hipoteca de US$ 24,5 milhões, parece descartado que seja transformado em um mausoléu público para os admiradores devido a problemas logísticos.

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