Advogado questiona liberação de motorista após acidente com filho de Cissa Guimarães

Rio de Janeiro - O advogado Técio Lins e Silva, que representa a família do estudante Rafael Mascarenhas, morto em um atropelamento na madrugada de ontem, no Rio de Janeiro, disse que considera estranha a atitude dos policiais ao liberaram o motorista Rafael de Souza Bussamra após o acidente. A vítima era filho da atriz Cissa Guimarães.

O advogado não descartou a possibilidade do indiciamento do motorista por homicídio doloso, apesar de ressaltar que ainda é cedo para fazer algo nesse sentido. "Os tribunais vêm compreendendo que esses rachas são homicídios dolosos, pois o agente assume o risco de morte", disse Lins e Silva.

A pena para homicídio culposo (sem intenção) chega a 3 anos de prisão, no máximo. Já no homicídio doloso simples (com intenção de matar), as penas variam de 6 a 20 anos. Imagens das câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) revelam que os policiais militares que liberaram Bussamra, que confessou ter atropelado o estudante, estavam a menos de 200 metros do local do acidente, segundo a Polícia Civil.

Os agentes disseram em depoimento que liberaram o motorista, momentos após o atropelamento, alegando que a documentação estava em dia e que o carro não teria estragos aparentes. O veículo chegou hoje para perícia na 15ª Delegacia de Polícia, na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro, com um amassado no capô, a lanterna esquerda avariada e o para-choque pendurado.

UOL Cursos Online

Todos os cursos