Suíça nega extradição de Polanski e o liberta


BERNA, Suíça, 12 Jul 2010 -O cineasta franco-polaco Roman Polanski não será extraditado para os Estados Unidos e as medidas de restrição de sua liberdade estão suprimidas, anunciou nesta segunda-feira a ministra suíça da Justiça.

A ministra Eveline Eveline Widmer-Schlumpf explicou, em coletiva de imprensa em Berna, que as investigações não permitem excluir "vícios" no pedido de extradição americano. Ela também indicou que os Estados Unidos não poderão apelar desta decisão.

O bracelete eletrônico que Polanski usava desde dezembro de 2009, quando saiu da prisão e foi colocado em prisão domiciliar em seu chalé em Gstaad, foi retirado dele nesta segunda-feira, informou ainda a ministra.

O diretor foi detido em setembro de 2009 ao chegar ao aeroporto de Zurique, onde ia receber um prêmio do Festival de Cinema dessa cidade.

Os Estados Unidos pediam a extradição de Polanski, atualmente com 76 anos e acusado de ter abusado de uma menor de idade há 33 anos.

As autoridades suíças consideraram igualmente que a aplicação do tratado de extradição com os Estados Unidos "deve respeitar as regras de boa fé" e, por isso, levar em conta o "clima de confiança" que foi criado com as estadas regulares de Polanski na Suíça "desde a compra de seu chalé em Gstaad, em 2006."

"Roman Polanski não teria evidentemente vindo ao Festival de Cinema de Zurique em setembro de 2009 se não tivesse tido confiança no fato de que essa viagem não teria consequências jurídicas", assinala o ministério suíço da Justiça, em um comunicado publicado por ocasião da coletiva de imprensa.

O advogado de Polanski e os embaixadores americano, francês e polonês na Suíça foram informados da decisão.

UOL Cursos Online

Todos os cursos