William e Kate, uma história muito diferente de Charles e Diana
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Mario Testino / Reuters
Príncipe William e Kate Middleton em foto oficial do noivado
LONDRES, 27 Abr 2011 -O casamento do príncipe William e de Kate Middleton em 29 de abril é a conclusão de uma história de 10 anos, que começou na base da amizade durante a universidade e se transformou em romance.
Em seu primeiro encontro com o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, quando os dois entraram para a prestigiada Universidade de Saint Andrews, na Escócia, em setembro de 2001, Kate chegou a "enrubescer", conforme ela mesma contou.
"Quando a conheci, logo soube que havia algo de muito especial nela", confessou por sua vez William, na entrevista que o casal concedeu em novembro, após o anúncio de seu compromisso.
A imagem do casal nesta ocasião contrastou em muito com a dos pais de William, Charles e Diana, também numa entrevista em 1981. Quando indagado se amava sua noiva, Charles limitou-se a responder: "Sim, seja lá o que o amor for".
Charles casou-se pressionado por sua família, e havia estado com Diana menos de 20 vezes, enquanto William e Kate vivem juntos há anos.
Na entrevista, Kate fez brincadeiras por causa de seu pouco talento culinário, enquanto ele debochou do pôster que ela teria dela em seu quarto, quando adolescente. "Imagina! Não, eu tinha um pôster com um modelo da Levi's".
A história da foto foi interpretada pela imprensa como um sinal de que Kate teria escolhido a Universidade de Saint Andrews com o objetivo de caçar o príncipe. Isso, somado ao fato de nunca ter iniciado uma carreira profissional ao deixar a universidade, valeram à noiva o apelido de "Waity Katy" ("Katy paciente", numa tradução livre).
Para Robert Jobson, autor de uma biografia do casal, a jovem de 29 anos tem mais personalidade do que se acredita e uma verdadeira influência sobre o príncipe.
Aparentemente, foi ela quem convenceu William a continuar os estudos quando ele quis abandonar História da Arte e mudar para Geografia.
"Creio que é alguém em quem ele tem plena confiança", declarou Jobson à AFP. "Deve ser um verdadeiro alívio para ele ter encontrado uma companheira com quem compartilhar sua vida privada e a vida pública também".
William, de seu lado, protege muito a noiva. Consciente das obrigações da monarquia, principalmente depois do doloroso exemplo de Diana, o príncipe deu tempo a Kate para que tivesse a oportunidade de "dar marcha à ré antes que as coisas se tornassem sérias demais".
Sua história de amor começou em 2003, um ano depois que os dois dividiram uma casa em Saint Andrews com outros estudantes.
Em dezembro, já eram um casal, e em março de 2004, foram publicadas fotos dos dois namorados durante férias em uma estação de esqui.
A presença de Kate e de seus pais na cerimônia de formatura de William na academia militar de Sandhurst oficializou a relação em dezembro de 2006.
No entanto, em abril do ano seguinte, o palácio confirmou o rompimento do casal - devido, segundo a imprensa, à carreira militar de William e à publicação de fotografias em que ele aparecia junto a várias mulheres nas festas com seus amigos de exército.
William explicou aquele momento em particular com muita clareza: "Éramos muito jovens, estávamos na universidade. A gente queria se descobrir".
Kate admitiu, no entanto, que não ficou muito feliz com a separação. Mas enfatizou: "Isso me fez virar uma pessoa mais forte".
Alguns meses depois, voltariam a reatar, desta vez com o casamento à vista.
O pedido oficial aconteceu em outubro, numa reserva do Quênia, depois que William carregou durante vários dias a aliança de compromisso de Diana para presentear Kate.
O príncipe acabara de terminar sua formação de piloto de helicóptero de busca e resgate e explicou: "Nós dois decidimos que agora era um bom momento".