Mãe de Michael Jackson nega tentativa de 'extorsão' à AEG Live
A mãe de Michael Jackson, Katherine, de 83 anos, criticou duramente nesta quinta-feira (3) as acusações de que sua ação civil mal sucedida contra a promotora de eventos AEG Live pela morte do cantor foi uma tentativa de "extorquir" a empresa.
Na quarta-feira, o júri do processo civil aberto por Katherine Jackson e pelos filhos do astro pop isentou a AEG Live de qualquer responsabilidade na morte de Michael em 2009. Com isso, foi negado o pedido de indenização multimilionária feito pela família do artista.
Após um julgamento de cinco meses no Tribunal Superior de Los Angeles, o júri entendeu que a AEG Live de fato havia contratado o cardiologista Conrad Murray, mas que, a priori, o médico era competente para fazer seu trabalho. Em 2011, Murray foi condenado a quatro anos de prisão por homicídio culposo pela morte de Michael.
Essa última decisão foi fundamental para o fracasso da ação da família Jackson.
"Minha reação imediata foi chorar; claro que eu chorei", disse Murray ao programa "Today", do canal NBC. "Chorei porque, pelo menos uma vez, o mundo pôde ouvir alguns dos fatos. Isso me foi negado, e meus advogados não conseguiram apresentá-los no meu próprio julgamento penal", desabafou.
Katherine Jackson não recuou em sua primeira reação pública após o veredito. "Desde o início, dissemos que esse caso era uma busca da verdade. Encontramos a verdade. A AEG contratou o doutor Conrad Murray, o homem que está na prisão por matar Michael Jackson", afirmou, de acordo com o site sobre a vida das celebridades TMZ.
"A AEG negou isso durante anos e continua a negar. Eles contrataram Murray", acrescentou Katherine.
O principal advogado da AEG Live, Marvin Putnam, declarou várias vezes, após o anúncio da decisão do júri, que a ação do clã dos Jacksons era apenas uma "extorsão" da família para tirar dinheiro da produtora.
"A AEG repetiu continuamente o mantra de que essa ação é uma extorsão", comentou Katherine. "Essa acusação é um tapa na cara de todo o sistema judicial, que permitiu que o caso fosse a julgamento", completou.
A família Jackson ainda não anunciou se apelará da decisão do júri.
Devido à superlotação das prisões na Califórnia, o doutor Murray poderá ser colocado sob liberdade vigiada em algumas semanas. Ele já terá cumprido metade da sentença.