Juiz do caso Anna Nicole Smith insinua em livro que se tratou de um homicídio
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AP
A ex-modelo da "Playboy", Anna Nicole Smith, morta em 2007
Miami, 21 jun (EFE).- O magistrado Larry Seidlin, célebre pela forma pouco convencional com que julgou o caso da modelo Anna Nicole Smith, que morreu na Flórida em 2007 por uma overdose acidental de remédios, diz em um livro que a morte provavelmente se tratou de um homicídio.
O livro, "The Killing of Anna Nicole Smith", escrito por Seidlin e publicado pela editora Transit, sairá às venda nesta terça-feira. Nele o juiz diz que a morte provavelmente se tratou de um homicídio sem premeditação.
O juiz de Fort Lauderdale (norte de Miami) se mostra especialmente crítico com o advogado e amigo íntimo de Smith, Howard K. Stern, e com as investigações realizadas pela Polícia sobre a morte da modelo, embora não ofereça provas que confirmem que se tratou de um homicídio.
"Os que o permitiram (a morte de Smith) devem ser castigados (...). Ele (Stern) estava com ela todos os dias. Que tal se a tivesse mantido afastada das drogas enquanto estava viva?", questiona Seidlin em referência a Stern, segundo publicou o jornal "The Miami Herald".
No livro, Seidlin sustenta que "Stern exercia um grande controle sobre Anna Nicole mantendo e examinando seu desejo e dependência às drogas".
O juiz teve que decidir o lugar onde a ex-coelhinha da Playboy deveria ser sepultada após morrer aos 39 anos em fevereiro de 2007 devido a uma combinação acidental de nove remédios.
Ao emitir uma resolução sobre o caso, o juiz soluçou estrondosamente, enquanto anunciava que o corpo de Smith fosse entregue a guarda da filha mais nova, para que ela decidisse onde sepultá-lo.
A morte de Smith foi o último capítulo de uma vida tumultuada que incluiu seu casamento com o multimilionário J. Howard Marshall e suas batalhas legais em defesa da herança que o octogenário magnata do petróleo deixou para ela.
Os tribunais continuaram para determinar o lugar no qual a herdeira seria enterrada, assim como a paternidade e custódia de sua única filha, Danielynn, agora nas mãos do pai Larry Birkhead.
Seus restos mortais foram sepultados um mês depois nas Bahamas, junto ao túmulo de seu filho, Daniel, que tinha falecido no setembro anterior a morte de Smith.
A morte da celebridade foi precedida por uma investigação de dois anos na qual se rastrearam as substâncias encontradas no corpo da modelo, um processo que terminou com suspeitas sobre Stern e dois médicos por supostamente fornecerem drogas a Smith.