Suíça informa hoje sobre a extradição de Roman Polanski aos EUA

Genebra, 12 jul - A ministra da Justiça suíça, Eveline Widmer-Schlumpf, informará hoje publicamente sobre a decisão de seu país a respeito do pedido de extradição aos Estados Unidos do cineasta franco-polonês Roman Polanski, acusado de manter relações sexuais com uma menor há 33 anos.

Widmer-Schlumpf dará uma entrevista coletiva às 14h no horário local (9h em Brasília) na qual estará acompanhada de oficiais da Polícia.

Suíça estudou durante meses a demanda de extradição de Polanski aos Estados Unidos, em um caso que estampou as capas de jornais do mundo todo.

Na hipótese de a decisão ser favorável a extradição de Polanski, sua defesa teria a possibilidade de recorrer em 30 dias diante do Tribunal Penal Federal de Bellinzona, máxima instância judicial da Suíça.

Após sua detenção, Polanski passou dois meses em uma prisão helvécia. Depois desse período, recebeu autorização para aguarda decisão definitiva em prisão domiciliar, o que está cumprindo há sete meses em uma residência que possui na localidade de Gstaad, uma estação de esqui.

Desde então, o cineasta recebeu demonstrações de solidariedade, particularmente de figuras da política e do mundo das artes francesa.

EUA insistem na extradição para julgar o cineasta por ele ter mantido relações sexuais em 1977 com uma adolescente de 13 anos, à qual supostamente drogou.

Polanski chegou anos depois a um acordo econômico com a jovem e sua família, a qual retirou todas as acusações e se pronunciou publicamente pelo arquivamento definitivo do caso, mas os juízes americanos consideram que o delito não prescreveu e deve ser julgado pelo mesmo.

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