Mensagens de apoio a Carla Bruni causam caos telefônico no Palácio de Sarkozy

  • Suzanne Plunkett/Reuters

    Carla Bruni e Nicolas Sarkozy após almoço com o primeiro ministro inglês David Cameron e a mulher Samantha, em Londres (18/6/2010)

    Carla Bruni e Nicolas Sarkozy após almoço com o primeiro ministro inglês David Cameron e a mulher Samantha, em Londres (18/6/2010)

Paris, 3 set.- O serviço telefônico do Palácio do Governo francês foi saturado depois de receber "inúmeras chamadas de apoio" dirigidas a Carla Bruni, esposa do presidente Nicolas Sarkozy, depois que um jornal iraniano a chamou "prostituta" e disse que merece o mesmo destino que a mulher condenada no Irã a ser apedrejada.

"O fluxo incomum de ligações telefônicas afetou o trabalho dos serviços de telecomunicações da Presidência", destaca o Governo em uma nota em seu site, publicada em inglês e francês.

Devido à saturação dos serviços telefônicos, os serviços da Presidência da República abriram um endereço de e-mail e uma página (http://www.elysee.fr/ecrire/) para receber mensagens de apoio à primeira-dama.

O Governo francês qualificou na última terça-feira como "inaceitáveis" os insultos publicados pelo jornal "Kayhan" e divulgados em várias páginas da internet contra a esposa do presidente.

A ex-modelo e cantora escreveu uma carta na qual pedia às autoridades iranianas que concedessem um indulto a Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada a morrer apedrejada por adultério.

"Derramar seu sangue, privar seus filhos de ter uma mãe, mas por quê? Porque viveu, porque amou, porque é uma mulher, uma iraniana? Me nego a aceitar", afirmou a primeira-dama em sua carta, publicada em vários veículos da imprensa francesa.

Carla Bruni não é a única que levantou sua voz contra o apedrejamento de Sakineh. Outras personalidades na França, como a candidata socialista às eleições presidenciais Ségolène Royal, e o ex-presidente conservador Valéry Giscart d'Estaing, também escreveram pedidos de indulto.

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