Washington, 6 mai.- A atriz americana Julia Roberts foi nomeada embaixadora global em uma campanha para educar sobre as fumaças tóxicas que emanam de fogões antigos e deficientes e que a cada ano matam cerca de dois milhões de pessoas no mundo todo, informou nesta sexta-feira o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

"Cerca de 2 milhões de pessoas no mundo todo - principalmente mulheres e crianças - morrem por ano por uma atividade que muitos achamos correta: cozinhar para nossas famílias", assinalou Julia em comunicado emitido pelo Departamento de Estado.

A atriz, vencedora de um Oscar, se somará à secretária de Estado de EUA, Hillary Clinton, nos esforços da Aliança para Fogões Eficientes para chamar a atenção sobre o impacto das fumaças tóxicas na saúde humana.

"Estou orgulhosa de trabalhar com a secretária Clinton para reduzir as mortes previsíveis e sem sentido por condições de fogões deficientes no mundo em desenvolvimento e espero contribuir para esse importante trabalho da Aliança", acrescentou a atriz.

A meta da aliança é que 100 milhões de famílias utilizem combustíveis e fogões mais "limpos e eficientes" para o ano 2020.

Em seu papel de "embaixadora", Julia ajudará a educar o público sobre problemas de saúde e os acidentes e mortes que afrontam milhões de pessoas em países pobres devido ao uso de estufas e fogões tradicionais além de grelhas que utilizam carvão, lenha, e resíduos de animais como combustível.

Julia e Hillary assinaram um artigo de opinião publicado nesta sexta-feira no jornal "USA Today" no qual assinalaram que 3 bilhões de pessoas no mundo vivem expostas a fumaças tóxicas de fogão que, em casas com pobre circulação, podem ocasionar problemas de saúde.

As fumaças tóxicas de fogão contribuem ao desenvolvimento de doenças crônicas e outros problemas de saúde agudos como baixo peso neonatal, pneumonia infantil, enfisema, câncer de pulmão, bronquite e problemas cardiovasculares, segundo a Fundação das Nações Unidas.

A Aliança, na qual participam mais de 60 Governos, agências da Organização das Nações Unidas, empresas privadas e ONGs, procura mobilizar US$ 250 milhões para fomentar o uso de métodos de fogão mais eficientes e seguros, segundo o Departamento de Estado.