Anita Ekberg, de "A Doce Vida", afirma que se sente "um pouco só" prestes a completar 80 anos
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Atriz Anita Ekberg em evento em Roma, na Itália (30/10/2010)
Roma, 27 set (EFE).- Anita Ekberg, a atriz sueca que protagonizou "A Doce Vida" (1960) de Federico Fellini, que está internada em Roma e presa a uma cadeira de rodas por causa de uma fratura no fêmur, afirmou nesta terça-feira que se sente "um pouco sozinha" prestes a completar 80 anos.
"Estou um pouco só, mas não lamento. Amei, chorei, enlouqueci de felicidade. Venci e perdi", declarou a atriz, de 79 anos, em entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera".
Anita lembrou que Fellini adorava seu "jeito de andar" e como, durante a gravação do filme que a tornou famosa, "passeou pela Fontana de Trevi de cima para baixo sem tropeçar".
Para a atriz, "A Doce Vida" não era um grande filme: "Essa ideia só existe por causa dessa cena enlouquecedora em que estávamos Marcello (Mastroianni, o protagonista do filme) e eu. Mais eu, na verdade, do que ele", considerou.
"Fellini era um gênio. Nunca entendi qual foi o verdadeiro motivo que o levou a me escolher para ser protagonista de "A Doce Vida". Lia o coração dos atores e os dirigia como se fossem borboletas", indicou a atriz.
Anita Ekberg relembrou também sua vida sentimental, especialmente seu romance com o industrial Gianni Agnelli, dono do grupo automobilístico Fiat, mas admitiu que não gostava de "listar as propostas de casamento que recebia".
A atriz, símbolo sexual dos anos 60 graças ao filme de Fellini, se casou duas vezes, uma com o ator inglês Anthony Steel, entre 1956 e 1959, e a outra com o ator americano Rick Van Nutter, de 1963 a 1975. E recebeu ainda proposta do diretor Dino Risi, que sempre rejeitou: "Risi queria ter algo comigo, mas nunca houve nada entre nós", garantiu. "Fui muito bonita, eu sei", destacou.
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Cena do filme "A Doce Vida", de Federico Fellini, com Anita Ekberg (1960)