Teoria de que Ingmar Bergman não era filho biológico de sua mãe não tem provas
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Divulgação
O cineasta sueco Ingmar Bergman
Copenhague, 19 out (EFE).- Os exames de DNA que comprovavam que o cineasta sueco Ingmar Bergman não era filho biológico de sua mãe, Karin Bergman, estavam contaminados e não têm valor, informou nesta quarta-feira o jornal "Ny Teknik".
Veronica Ralston, sobrinha do diretor já falecido, afirmou em um livro publicado em maio que Bergman havia sido trocado por outro bebê ao nascer.
A afirmação se baseava em um exame comparativo de DNA feito pelo Instituto de Medicina Legal de Estocolmo entre a saliva dos selos das cartas enviadas pelo diretor à sua família e a de Veronica Ralston, que não coincidiam.
Provas posteriores demonstraram, no entanto, que os testes continham o DNA do técnico de laboratório que os realizou, algo que o próprio instituto lamentou, que, por iniciativa própria, tentará identificar o DNA de Bergman a partir da borda de uma carta usada por ele.
Veronica lamentou os erros de rotina cometidos pelo instituto, mas manteve a teoria de seu livro, "Kärleksbarnet och Bortbytingen" ("O filho natural e a troca de bebês, em livre tradução"), segundo o qual a verdadeira mãe do cineasta seria Hedvig Sjöberg, com quem Erik Bergman, pai de Ingmar, teve um relacionamento extraconjugal.
De acordo com Veronica, o bebê de sua avó pode ter nascido morto e Erik Bergman pode ter aproveitado a ocasião para trocá-lo por outro que supostamente tinha tido com Hedvig.
Sua teoria foi recebida com desconfiança por outros familiares do diretor, que morreu há quatro anos.