De Jane Fonda a Susan Sarandon: relembre os famosos que foram presos em protestos antes de George Clooney

Mateo Sancho Cardiel

Da EFE

  • AFP

    George Clooney e o pai Nick Clooney (dir.) são detidos ao participarem de uma manifestação em frente à embaixada do Sudão em Washington, nos Estados Unidos (16/3/12)

    George Clooney e o pai Nick Clooney (dir.) são detidos ao participarem de uma manifestação em frente à embaixada do Sudão em Washington, nos Estados Unidos (16/3/12)

A prisão de George Clooney, após uma manifestação diante da embaixada do Sudão em Washington, colocou o "solteiro mais cobiçado de Hollywood" em um seleto grupo de atores que já foram presos por lutar a favor das causas políticas e sociais, como Jane Fonda, Martin Sheen e Vanessa Redgrave.

Clooney, reconhecido por seu ativismo social, protestava contra o presidente sudanês, Omar al-Bashir, acusado de provocar uma crise social depois de ter bloqueado o acesso de comida e ajuda humanitária à região das montanhas de Nuba, situada na fronteira com o Sudão do Sul.

A imagem do ator algemado e levado pela polícia fez lembrar aquelas icônicas fotografias de arquivo policial - as mesmas que um dia registraram a então jovem Jane Fonda com o punho erguido. Em 1970, a atriz, uma firme opositora da Guerra do Vietnã, foi detida enquanto desembarcava no aeroporto de Cleveland, acusada de tráfico de drogas.

No entanto,o que a atriz tinha em posse eram três envelopes com vitaminas e refeições que usaria para se alimentar durante um acampamento no campus de uma universidade local, onde faria um discurso contra a Guerra do Vietnã. Depois de se casar com o magnata Ted Turner, Jane deixou de lado seu ativismo para se consagrar nos vídeos de aeróbica.

Outra celebridade famosa por seu ativismo político é Vanessa Redgrave, que chegou a fazer um discurso pacifista ao receber um Oscar em 1978. A atriz, que também foi detida em uma manifestação na embaixada do Vietnã nos Estados Unidos, sempre defendeu causas relacionadas à defesa da Palestina e o feminismo.


Martin Sheen, que não fazia questão de esconder sua simpatia pelos regimes comunistas, também pode ser considerado um ativista político. Defensor de diferentes causas, também foi detido em Nova York em 1996, quando uma suposta Via-Sacra acabou se transformado em uma manifestação antinuclear em frente à sede do Riverside Research Institute.

Um ano depois, Sheen e outras sete pessoas foram detidas durante um protesto por uma inusitada causa: os direitos dos catadores de morango na Califórnia, em sua maioria de origem latina. O ator foi o protagonista de "Apocalypse Now", de Francis Ford Coppola, um dos retratos mais fiéis e filosóficos da Guerra do Vietnã.

Já nos anos 1990, Susan Sarandon e Tim Robbins também roubaram a cena ao recriminar o governo americano em plena cerimônia de premiação do Oscar. Na ocasião, a atriz e o diretor abordaram a situação dos 267 haitianos com HIV que estavam presos em Guantánamo.

Em 1999, durante um protesto contra a morte de um emigrante africano, Susan foi detida sob a acusação de desordem pública. A atriz atualmente luta contra a pobreza infantil como embaixadora da Unicef e também faz parte da Heifer Internacional, organização que distribui animais de fazenda para as famílias pobres.

Sean Penn é outro ator comprometido com as causas sociais. Apesar de ter se posicionado a favor dos direitos dos homossexuais, contra a Guerra do Iraque e ter defendido o presidente venezuelano, Hugo Chávez, o ator acabou sendo detido por outros motivos, como agressão aos fotógrafos e comportamentos violentos.

A atriz Daryl Hannah, a sereia de "Splash - Uma Sereia em Minha Vida", foi uma das últimas a entrar neste grupo, embora tenha sido a favor das causas ambientais. No último mês de agosto, ela foi detida em frente à Casa Branca por se manifestar contra a construção de um oleoduto entre Canadá e os Estados Unidos.

 

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