Lady Di completaria 51 anos neste domingo (1º)

Beatriz Rodríguez

  • Jacqueline Arzt/AP

    Princesa Diana chega ao Royal Albert Hall para apresentação do "Lago dos Cisnes", em Londres (3/6/1997)

    Princesa Diana chega ao Royal Albert Hall para apresentação do "Lago dos Cisnes", em Londres (3/6/1997)

A vida de Diana de Gales, que faria 51 anos neste domingo, esteve rodeada pelos holofotes desde o início como princesa de conto de fadas até o trágico final que a transformou em lenda, o que aumentou o carisma popular com ela.

Sua história é narrada com glamour, admiração, mas também compaixão, porque a chamada "princesa do povo" sofreu em palácios alguns dos capítulos mais tristes de sua vida.

Os paparazzi - dos quais fugia quando o veículo se chocou num túnel de Paris a 196 km/h no dia 31 de agosto de 1997 - registraram 16 anos antes as primeiras imagens desta jovem tímida na Praça St. George de Londres, ao sair da creche onde trabalhava, meses antes do casamento real que transformou sua vida.

Foi um personagem muito querido pelos britânicos, desde seu casamento com o príncipe Charles até o romance com o multimilionário egípcio Dodi al-Fayed, com quem, dizem, encontrou a felicidade e com quem morreu. Ícone da moda e da solidariedade, foi protagonista durante 16 anos de capas e alvo de flashes e olhares.

De semblante doce e aspecto radiante, vestiu criações dos mais prestigiosos estilistas, como a de Elizabeth e David Emanuel, recentemente leiloada, que usou em 1981 em seu primeiro ato público após o casamento com o príncipe.

O vestido, de tafetá preto e com decote ousado, despertou admiração entre o público e a imprensa e críticas entre a realeza, que reserva a cor para o luto e estava pouco acostumada a ver a uma mulher tão sexy na corte.

Em suas tarefas como princesa, se ocupou de temas relacionados a deficientes físicos, infância, Aids, balé e música, e presidiu e patrocinou organizações beneficentes.

O carinho e proximidade de Lady Di sempre contrastaram com a aparente frieza da rainha Elizabeth II, especialmente no tratamento com seus filhos, aos quais não pôde dedicar todo o tempo que queria devido aos compromissos que exige uma agenda real.

Em 1989, quando Diana e Charles já pareciam ter superado suas dificuldades, o casal se distanciou após a divulgação de fotografias da princesa com um antigo amigo. No entanto, o que levou o casamento ao fim foi o affaire do príncipe com Camila Parker-Bowles.

Diana admitiria anos depois que pensou várias vezes em suicídio e inclusive chegou a reconhecer seu adultério com o oficial de cavalaria James Hewitt em entrevista ao programa "Panorama" da "BBC", em 1995, na qual também se queixava de que seu casamento tinha "três pessoas" - referindo-se a Camila.

Era a imagem de uma princesa triste, marcada pelas inseguranças de sua infância e pelo fracasso de seu casamento, o que a levou a um vazio que tentou superar com seus filhos e sua dedicação a causas beneficentes.

Em janeiro de 1997, visitou Angola com a Cruz Vermelha britânica em apoio à campanha para a eliminação de minas terrestres, algo muito criticado pelo governo conservador que suscitou a polêmica no Reino Unido, mas que não a impediu de liderar outra missão à Bósnia com o Partido Trabalhista, no mesmo ano.

Logo em seguida, em agosto de 1997, repercutiram notícias sobre sua relação com Dodi al-Fayed, filho do empresário Mohamed al-Fayed.

Apenas quatro semanas depois, perderia a vida em Paris a mulher que conseguiu modernizar e humanizar a monarquia britânica, uma instituição que hoje busca recuperar o encantamento com Kate Middleton, duquesa de Cambridge, que casou com o anel que foi de Diana.

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