Aniversários e signos

A maturidade perfeita de Brad Pitt

Isabel Galego

Embora não pareça, "o homem mais sexy do mundo", título que recebeu diversas vezes, completa nesta quarta-feira 50 anos. Considerado pelos críticos como um dos atores mais versáteis de sua geração, Brad Pitt chega à maturidade plena como profissional e pai de família.

A revista "Vanity Fair" o descreveu na primeira entrevista com o ator, em 1995, como "um menino monossilábico do Missouri". Quase 20 anos depois sobrou pouco dessa timidez e Pitt não só se consolidou como ator, mas também se tornou um ativista de diferentes causas humanitárias.

Em 2006, fundou a "Make It Right Foundation", uma organização dedicada ao desenvolvimento de projetos imobiliários sustentáveis para as vítimas do furacão Katrina. E junto com Angelina Jolie criou a fundação "Maddox Jolie-Pitt", instituição encarregada de realizar atividades humanitárias ao redor do mundo.

Como muitos de sua geração, Pitt começou atuando em filmes de baixo custo, anúncios e algumas séries. Ele chegou a ser rejeitado mais de 80 vezes antes de conseguir seu primeiro papel para um anúncio de televisão.

Foi após sua aparição em 1991, em "Thelma & Louise", de Ridley Scott, que deu o salto à fama como ator e como 'sex symbol'. Não em vão, com seu papel neste filme, deixou milhares de mulheres pensando que os US$ 6 mil que roubou da inocente Thelma após seduzi-la valeram a pena.


Depois vieram outros filmes como "Nada é para Sempre", de Robert Redford, o misterioso "Entrevista com o Vampiro" em que dividiu a tela com Tom Cruise, e o drama "Lendas da Paixão". Após a filmagem de "Seven", pelo qual ganhou um Globo de Ouro, e de "Os 12 Macacos", Pitt se consagrou, deixando para trás o clichê de galã.

Em 1997, seu cachê já estava à altura da fama. Cobrou quase US$ 20 milhões em "Encontro Marcado" de Martin Brest e, desde então, transformou em ouro todos os projetos que aceitou. Filmes como "Clube da Luta", "Snatch - Porcos E Diamantes", "Onze Homens e Um segredo" e "Tróia" provam essa teoria.

Além da interpretação, Pitt produziu vários filmes com sua companhia Plan B. Entre elas estão "Os Infiltrados", de Martin Scorsese, "A Fantástica Fábrica de Chocolate" e a última obra de Steve McQueen, "12 Years a Slave" (ainda sem título em português). Na direção ainda não se atreveu devido, diz ele, ao confesso perfeccionismo.

Quem já se arriscou dirigindo filmes é Angelina Jolie, com quem está junto desde o fim de seu casamento com Jennifer Aniston, em 2005. Jolie se colocou atrás das câmaras para rodar "Na Terra de Amor e Ódio", um filme sobre a guerra da Bósnia.

O casal de atores se conheceu nas filmagens de "Sr. e Sra. Smith", e têm seis filhos, três adotados e três biológicos. Como aconteceu várias vezes, o fato de ser pai fez com que Pitt passasse a considerar secundário tudo o que não estiver relacionado com sua família.


Pitt é uma das apostas mais seguras no mundo da publicidade e protagonizou anúncios de fragrâncias, relógios e até cervejas. Não importa o produto, o rosto de Brad Pitt, vende.

Além disso, entre seus trabalhos no mundo da publicidade, é o primeiro e único homem a se tornar imagem do mítico perfume Chanel nº5.

Também, seguindo a esteira de outras celebridades como Francis Ford Coppola, Brad Pitt aderiu à moda de criar seu próprio vinho. Chamado Chateau Miraval Rosé, foi eleito recentemente como o melhor rosé de 2013 pela publicação "Wine Spectator".

Pouco resta para este ator fazer ao completar meio século de vida. Talvez saldar a conta que tem pendente com o Oscar, para o qual foi indicado três vezes, sem conseguir levar a estatueta para casa.

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