Príncipe Harry visita projeto de reabilitação de usuários de crack em SP
O príncipe Harry visitou nesta quinta-feira (26) em São Paulo a Cracolândia, onde o governo municipal iniciou um projeto de reabilitação para os consumidores de crack que se concentram na área.
Acompanhado pelo prefeito Fernando Haddad, o quarto na linha de sucessão do trono britânico conheceu o projeto "Braços Abertos", que atende os dependentes químicos da Cracolândia, uma área no centro da cidade.
O príncipe inglês visitou uma unidade móvel da Polícia Civil que vigia a região, assim como vários centros de reabilitação na zona, mas se viu obrigado a encerrar a visita antes do previsto por questões de segurança.
Durante o percurso pela Cracolândia, Harry esteve acompanhado por moradores da região, muitos deles usuários de crack, que comemoraram sua visita e até lhe deram uma camiseta com as cores do Brasil.
A região da Cracolândia, que se estende por várias ruas dos bairros de Santa Cecília, Bom Retiro e República, é considerada uma das mais inseguras da capital paulista já que a venda e o consumo do derivado da cocaína a pé de rua condenam a tranquilidade dos moradores.
Em janeiro, a prefeitura de São Paulo desmontou um acampamento ilegal habitado, em sua maioria, por consumidores de crack, e implantou o programa "Operação Braços Abertos".
De 14 de janeiro até 9 de março, o programa coordenou mais de 4.996 visitas, 776 atenções médicas e 457 mudanças de usuários de drogas para centros de saúde.
Além disso, segundo os dados divulgados pela prefeitura, durante o primeiro mês de funcionamento da "Operação Braços Abertos" 213 pessoas iniciaram tratamentos de desintoxicação.
Antes de concluir sua visita de quatro dias ao Brasil, que começou na segunda-feira, o príncipe visitará o Instituto Ayrton Senna, onde membros da família lhe explicarão como a organização usa a educação para lutar contra a exclusão social.
Após visitar Brasília e Belo Horizonte, o neto da rainha Elizabeth II visitou no dia anterior uma comunidade popular perto de Cubatão (SP) e depois foi para o município de Diadema, onde conversou com várias pessoas da Acer, uma associação destinada a ajudar a crianças com risco de exclusão.