"Alertei que era constrangedor", alega gerente de padaria acusado de discriminar filha de Gretchen

CARLA NEVES

No Rio

  • AgNews

    Thammy Gretchen em evento em SP (28/4/2011)

    Thammy Gretchen em evento em SP (28/4/2011)

O gerente da padaria em que Thammy Gretchen alega que foi discriminada por trocar carícias com a namorada disse ao UOL que só pediu à filha de Gretchen e a namorada que se comportassem porque o local é frequentado por muitas crianças e idosos. “Foi o que expliquei para ela: é uma situação constrangedora. Alertei apenas”, disse ele, que se identificou apenas como Donizete.

Thammy Gretchen, de 29 anos, alega que foi expulsa da padaria na Aclimação, em São Paulo, na última quarta-feira (9), por abraçar e beijar sua namorada, de 28, e resolveu processar o dono do local por discriminação. Em entrevista por telefone ao UOL, ela contou que, ao vê-la beijando sua namorada, um funcionário do local bateu na mesa em que elas estavam sentadas e exigiu que elas parassem com as carícias. “Ele disse que não podia ter esse tipo de coisa na padaria. Chamei o gerente, que defendeu a atitude dele e ainda repetiu que 'o lugar não aceitava pessoas desse tipo fazendo esse tipo de coisa'”, explicou.

Thammy argumentou dizendo que era uma consumidora como outra qualquer e que iria continuar frequentando a padaria e beijando sua namorada. “Disse para ele que pago pelo que consumo como todo mundo. Aí ele falou que eu estava proibida de colocar os meus pés lá. Então, resolvi procurar meus direitos”, afirmou.

A filha de Gretchen registrou boletim de ocorrência na 6ª DP (Cambuci) e já acionou sua advogada. “Vou entrar com uma ação por danos morais”, disse ela, explicando que não pedirá nenhum valor específico. “Minha moral não tem valor. Quem deve estipular isso é o juiz”, completou. Thammy também afirmou que vai contar com o testemunho da namorada para comprovar o episódio. “Minha testemunha é ela. Na padaria tem câmera. Se for preciso, usamos as imagens do dia em que estivemos lá. Tenho mais do que obrigação de brigar por isso. Não só por mim, mas pela quantidade de gays que eu represento”.

UOL Cursos Online

Todos os cursos