O advogado do médico Contrad Murray, Charles Peckham, reclamou esta semana que seu cliente está sendo tratado de maneira diferente em relação aos outros detentos. Vigiado por mais de quatro guardas ao mesmo tempo, o psiquiatra chegou a ser acorrentado a uma mesa em uma das visitas feitas pelo advogado à prisão.

"Tratá-lo como Hannibal Lecter é ofensivo", disse Peckham, referindo-se ao serial killer da ficção. Já o oficial responsável pela prisão de Murray diz que as medidas são para a segurança do médico. Peckham, no entanto, discorda: "Este homem cometeu um erro, mas vão fazê-lo pagar como um assassino em massa".

Nesta terça-feira (13), o médico pediu para que um defensor público passe a trabalhar em sua apelação, alegando não poder pagar por um advogado sozinho. "O acusado... respeitosamente pede a nomeação de um advogado para a apelação", segundo tercho de documentos do tribunal, divulgado pela Reuters.

J. Nichael Flanagan, advogado que também cuidou da defesa de Murray, concorda com a descrição de Peckham sobre o excesso de cautela em relação a Murray. Flanagan conta que, em uma das visitas que fez ao médico na prisão, Murray estava acorrentado à mesa. "Ele nem pode coçar o próprio nariz", afirmou.

O porta-voz do delegado responsável pelo caso insistiu que a cautela não é pelo crime em si, mas por causa da notoriedade do caso. "Murray é um alvo fácil por causa da conexão com Michael Jackson. Só estamos sendo muito cautelosos neste momento".

*Com informações da AP